Facebook vai tentar combater notícias falsas com verificadores independentes
Facebook vai contar com ajudas de checadores externos para identificar notícias falsas ou questionáveis. Sistema está em testes nos Estados Unidos.
O Facebook foi alvo de muitas críticas nos Estados Unidos por não coibir a disseminação de notícias falsas na rede. Teve até quem acusasse a empresa de ter ajudado, indiretamente, a influenciar a eleição do país.
Agora, a empresa anunciou medidas para combater boatos e notícias falsas e, de alguma forma, reconheceu que não estava fazendo um bom trabalho nesta área.
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Após a história ser notificada como falsa, uma equipe do Facebook vai analisar a URL e ver se não é um site tentando se passar por um veículo já conhecido. Caso seja necessário fazer uma análise de conteúdo, o link será enviado para checadores independentes. um pouco do processo:
Iniciamos um programa para trabalhar com organizações externas de checagem de fatos que são signatárias do . Vamos usar as denúncias da nossa comunidade, além de outros sinais, para enviar histórias a essas organizações. Se essas organizações identificarem uma história como falsa, ela será sinalizada como questionável e haverá um link para um artigo correspondente explicando o porquê disso. Histórias de conteúdo questionável também poderão perder relevância no Feed de Notícias.
Dentre as entidades que receberão essas notícias para verificação estão: Snopes, Politifact, factcheck.org e ABC News.
Após pelo menos um dos verificadores marcar a notícia como falsa, ela receberá um alerta de “disputed” (algo como “questionável”, em português) — neste ponto, o link não pode ser mais impulsionado na rede. Se outros checadores validarem a análise e reconhecerem que é falso, o Facebook marcará o link como tal.
Será interessante ler as análises desses checadores, pois, como já vimos no Brasil, é bem difícil identificar se uma notícia é falsa. Pelo menos por aqui, este tipo de conteúdo mistura informações verdadeiras e falsas.
Por fim, a empresa prometeu adotar medidas contra spammers. Neste caso, a empresa se refere a sites que se passam por organizações de mídia para publicar boatos que atraiam audiência e assim ganhem dinheiro na exibição de publicidade. Dentre as providências, o Facebook diz que vai eliminar a capacidade de se copiar domínios de sites, o que reduzirá a relevâncias desse tipo de página que tenta se passar por uma real. É interessante notar a mudança de discurso do Facebook. Após a eleição presidencial nos Estados Unidos, em novembro, que “mais de 99% dos conteúdos que as pessoas veem no Facebook são autênticos. Apenas uma pequena quantidade é composta por notícias falsas ou hoaxes”. Após um mês, a empresa apresenta essas medidas que, por enquanto, estão em fase de testes nos Estados Unidos, mas devem ser expandidas mundialmente.