Parece que nem um caminhão de dinheiro está sendo suficiente para convencer recém-formados a trabalhar para o Facebook
Há pouco mais de um ano, o mundo descobriu que os dados de cerca de 87 milhões de usuários do Facebook chegaram às mãos da Cambridge Analytica, uma sombria companhia de consultoria política, e que a rede social não conseguiu garantir que os dados de seus usuários fossem realmente excluídos pela empresa.
Esse gigantesco colapso de privacidade continua sendo o mais terrível escândalo até hoje. Ele acabou dando a tônica do que seria o horrível ano de 2018 para o Facebook. Isso, por sua vez, estaria afetando a capacidade de a empresa contratar grandes talentos, segundo a .
“Os escândalos de privacidade, o material da Cambridge Analytica — os alunos não estão mais interessados em ir trabalhar no Facebook”, disse um antigo recrutador de recém-formados ao do canal de TV dos EUA.Vários recrutadores que deixaram o Facebook disseram à CNBC que as taxas de aceitação de ofertas de emprego desde o escândalo da Cambridge Analytica, que ganhou as manchetes em março do ano passado, declinaram seriamente.
“Contratamos os melhores engenheiros do mundo para trabalhar no Facebook e estamos contratando mais engenheiros do que nunca. Este ano, cerca de 2/3 de nossos recrutas de engenharia das escolas Carnegie Mellon, Stanford e Ivy League aceitaram suas ofertas e, em geral, a porcentagem de ofertas aceitas pelos engenheiros subiu em 2019. Continuamos a atender nossas metas de recrutamento de engenharia e estamos confiante de que vai continuar.”E tudo isso pode ser tecnicamente verdade. Afinal, o Facebook paga bem seus funcionários. Engenheiros ganham uma média de cerca de US$ 150 mil por ano, de acordo com a , que que até os estagiários podem ganhar cerca de US$ 8 mil por mês, o que equivale a ganhar um salário de cerca de US$ 96 mil por ano. Estagiários. Isso mesmo.
Ex-recrutadores também disseram à CNBC que as pessoas que estão fazendo entrevistas de empregos no Facebook agora estão fazendo perguntas mais difíceis sobre como a empresa lidará com a privacidade e que estão se sentindo mais pressionadas a preencher posições agora do que no passado.
“Geralmente, metade da contratação é feita pela própria marca Facebook em si”, disse um recrutador não identificado que saiu em 2019 da empresa à CNBC. “Esta é a primeira vez que muitos de nós tivemos que acompanhar de perto o processo para garantir que os principais candidatos não acabassem escapando.”
No fim das contas, é a palavra do Facebook contra a dos recrutadores. Quaisquer que sejam os números, pelo menos fica evidente que algumas pessoas que trabalharam para a empresa ainda pensam no escândalo da Cambridge Analytica mais de um ano depois e sentem a necessidade de falar sobre isso. Mesmo que a empresa ainda esteja arrecadando , a ideia de que sua imagem permanece ilesa é risível. O fato de algumas pessoas inteligentes pensarem duas vezes antes de trabalhar no Facebook não é surpreendente. Não seria a primeira vez que os estudantes tomavam uma posição contra uma empresa de tecnologia líder com .