Facebook e Congresso americano investigam anúncios políticos pagos pela Rússia
O Facebook irá compartilhar com o Congresso dos Estados Unidos mais de 3.000 anúncios políticos pagos pela Rússia. A ação visa avaliar se tais propagandas de fato interferiram com as eleições presidenciais americanas. Em um vídeo publicado esta semana na rede social, Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, explica que não quer que ninguém “utilize nossas […]
O Facebook irá compartilhar com o Congresso dos Estados Unidos mais de 3.000 anúncios políticos pagos pela Rússia. A ação visa avaliar se tais propagandas de fato interferiram com as eleições presidenciais americanas.
Em um vídeo publicado esta semana na rede social, Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, que não quer que ninguém “utilize nossas ferramentas para comprometer a democracia”.
No início deste mês, o Facebook afirmou ter deletado 470 contas faltas que eram provavelmente operadas da Rússia e gastaram U$ 100 mil em anúncios políticos nos últimos anos. De acordo com , os perfis eram associados a uma entidade russa conhecida por Internet Research Agency.
“Sempre haverá pessoas mau intencionadas no mundo, e não podemos prevenir todos os governos de todas as interferências”, disse. “Mas podemos tornar isso mais difícil. E é isso que vamos fazer”.
“Continuaremos trabalhando com o governo para entender o pleno alcance da intromissão russa e faremos nosso papel para garantir a integridade de eleições justas e livres no mundo todo”, disse o CEO.
A empresa investiga ainda “atores estrangeiros” que incluem outros grupos russos e de antigos países soviéticos. Zuckerberg diz se preocupar profundamente com a democracia e a integridade deste sistema. O Facebook também dará início a uma investigação interna sobre os anúncios russos na plataforma.
A rede explica que esta é uma investigação extraordinária, uma que levanta questões sobre a integridade das eleições americanas. Elliot Schrage, vice-presidente de política e comunicação do Facebook, que “Depois de uma extensa revisão jurídica e política, concluímos que compartilhar os anúncios que descobrimos com o Congresso, de uma maneira que é consistente com a nossa obrigação de proteger a informação do usuário, ajudará as autoridades governamentais a completar o importante e vital trabalho de avaliar o que aconteceu nas eleições de 2016”.
Schrage explica ainda que essas informações não se tornarão públicas pois “leis federais impõem rigorosas limitações na divulgação dessa informação”, explica. “Dado os delicados problemas de segurança nacional e privacidade que envolvem essa investigação extraordinária, acreditamos que o Congresso fará melhor uso da informação que dermos a eles para informar o público de forma compreensível e completa”.
Em um comunicado à imprensa, o conselheiro-geral do Facebook, Colin Stretch, afirma que relevar este tipo de conteúdo não é algo que a rede faz sob qualquer circunstância. “Foi uma decisão difícil”, disse.
Zuckerberg promete que o Facebook implementará nove passos para tornar a rede mais segura. Dentre as medidas, a companhia promete ampliar o quadro de funcionários que avalia os anúncios e tornar os anúncios políticos mais transparentes daqui pra frente. “Quando alguém compra um anúncio político para TV ou outras mídias, eles são obrigados por lei a informar quem pagou por ele”, explica o CEO. Ele promete implementar medidas de transparência ainda maiores para a rede. “Você não apenas terá que informar qual página pagou pelo anúncio, mas também faremos possível que você visita a página do anunciante e veja os anúncios que eles estão publicando para quais audiências do Facebook”.
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