Facebook admitiu nos EUA que tinha contratos com fabricantes de smartphones por dados de usuários
• Facebook chegou a compartilhar dados pessoais de usuários com fabricantes chinesas
O informa que um comunicado do Facebook enviado ao Congresso dos EUA no mês passado revelou que em 2013, a gigante das mídias sociais estabeleceu parcerias com sete fabricantes de dispositivos que possibilitava o acesso dessas empresas a dados do Facebook. Alguns desses acordos começaram em 2010. A companhia forneceu acesso a dados dessas companhias durante um decreto da de 2011 em que a rede social havia se comprometido a apenas ceder para terceiros dados necessários para os apps dessas companhias funcionarem de forma apropriada.
A consultoria Pwc (PricewaterhouseCoopers) conduziu uma investigação a pedido da FTC sobre as parcerias do Facebook com a Microsoft e a RIM (a fabricante da BlackBerry na época) em 2013, e observou “evidências limitadas” de que o Facebook tinha se assegurado que seus parceiros tinham aderido às diretivas de uso de dados da empresa. Depois que a análise foi revelada pela PwC, o Facebook não comunicou seus usuários — muitos deles, inclusive, nunca deram permissão explícita para compartilhar dados com terceiros.Esta informação foi revelada em uma carta que o Facebook enviou no mês passado para o senador pelo Estado do Oregon Ron Wyden, que a compartilhou com o New York Times. “Facebook afirma que suas parcerias de compartilhamento de dados com fabricantes de smartphones estavam indo bem. No entanto, a própria auditoria escolhida pelo Facebook disse que a companhia não estava monitorando se as fabricantes estavam seguindo as políticas do Facebook.”
O jornal norte-americano revela que, anos após a auditoria da PwC, o Facebook se envolveu com colaborações parecidas de compartilhamento de dados com várias outras empresas. No entanto, a companhia de Zuckerberg se afastou dessas empresas na época da revelações do escândalo da Cambridge Analytica, que mostraram que os dados de 87 milhões de usuários foram compartilhados de foram inapropriada pela empresa de política contratada por Trump durante sua campanha presidencial.
Um dos assessores de Wyden disse ao jornal norte-americano que não havia evidências nos documentos de que o Facebook resolveu em algum momento o problema de privacidade detectado pela PwC em 2013.