Experimento mostra que alguns tipos de vida podem sobreviver na atmosfera de exoplanetas
Organismos unicelulares como Escherichia coli e levedura podem crescer e sobreviver em uma atmosfera como a que teoricamente existe em muitos exoplanetas rochosos, segundo um novo artigo.
Os cientistas adorariam saber se há vida em outro lugar do universo, e parte da resposta a essa pergunta é determinar como um exoplaneta habitado seria percebido por nossos telescópios aqui na Terra. Esses planetas têm atmosferas como a nossa? Como a presença da vida mudaria essas atmosferas? Se a vida pode sobreviver em uma atmosfera rica em hidrogênio, como a que se espera encontrar em muitos exoplanetas, os cientistas podem ampliar sua definição de como seria um planeta que sustenta a vida.A equipe de pesquisadores do MIT iniciou colônias das bactérias E. coli e levedura de cerveja. Eles incubaram os micro-organismos em quatro garrafas com diferentes concentrações de gás: uma com ar comum, uma com 100% hidrogênio, uma com 100% hélio e outra com 20% de dióxido de carbono e 80% de nitrogênio.
Os micro-organismos foram capazes de se reproduzir nas quatro garrafas, mas o fizeram pelo menos duas vezes mais rápido no ar que nos outros gases, de acordo com o .Isso não significa que a vida definitivamente exista em tais planetas, e as experiências de laboratório não recriam exatamente o que acontece na natureza. Essas células de E. coli e levedura começaram suas vidas (e evoluíram) na atmosfera rica de nitrogênio e oxigênio da Terra. E as condições no laboratório não são as mesmas do exoplaneta.
As atmosferas de exoplanetas reais conteriam uma mistura de gases devido à química em sua superfície. Para manter uma atmosfera apenas de hidrogênio, esses exoplanetas teriam de ser mais frios que a Terra, ter uma gravidade mais forte em sua superfície ou ter uma maneira de reabastecer o hidrogênio em sua atmosfera — e é difícil dizer quais efeitos essas mudanças teriam na vida. Mas esse estudo ainda oferece a esperança de que a vida possa ser mais diversa do que a que vemos na Terra e, nesse caso, talvez a próxima geração de telescópios seja capaz de encontrá-la.