Experimento chinês revela a estranheza da mecânica quântica batendo recordes de distância
• Cientistas conseguiram alcançar um nível completamente novo de resfriamento
• Há uma conexão escondida entre o número pi e a mecânica quântica
Experimentos feitos desde a década de 1970 de fato já provaram que essa Ação Fantasmagórica à Distância existe, mas esses testes anteriores exigiam fibras ópticas ou outros componentes que enfraqueciam o sinal. Dessa vez, no entanto, a equipe chinesa usou seu recém-lançado satélite Micius, que lhe permitiu enviar fótons sem obstrução através do vazio do espaço. Eles publicaram seu resultado na , nesta quinta-feira (15).
O experimento em si é um caminho bastante indireto para se fazer essas observações. A equipe teve várias estações terrestres espalhadas longe umas das outras e um satélite. Este contém um laser com um dispositivo para separar o feixe, quando então passa por meio de um cristal especial para enredar os pares de fótons. Os feixes divididos então viajam para dois laboratórios diferentes, com até 1.200 quilômetros de distância. Os pesquisadores então abriram a caixa nos laboratórios e compararam.Outros físicos ficaram impressionados, mas é importante notar que apenas um em seis milhões de fótons foram recuperados com precisão, como contou o físico Alexander Ling, da Universidade Nacional de Singapura, à . Mas mesmo isso é um passo enorme em relação aos experimentos terrestres anteriores, disse o cientista-chefe da equipe, Jian-Wei Pan, da Universidade de Ciência e Tecnologia da China, em Hefei, em entrevista à .
Você provavelmente está se perguntando qual o uso que esses satélites de fato teriam. Uma possibilidade é que fótons emaranhados possam ser importantes para as telecomunicações. Se alguém tentasse interceptar dados enviados por uma dessas linhas quânticas, o destinatário saberia imediatamente, já que receberiam dados não emaranhados.Então, tecnologicamente, esse é um passo gigante, como contou Jürgen Volz, físico do Vienna Center for Quantum Science and Technology, contou ao . Mas ainda resta muito, muito tempo até que vejamos, de fato, essa tecnologia sendo usada em nossas redes de comunicação.
[via ]Imagem do topo: Alex Sukontsev/Flickr