Eugenia lavradensis é um arbusto com dois a cinco metros de comprimento, que frutifica entre abril e maio e apresenta flores branco-esverdeadas. O nome está relacionado à área de ocorrência, a savana de Roraima. Os chamados “campos do rio Branco” ou “lavrado” se estendem por dois países vizinhos, Venezuela e Guiana, são um mosaico de ecossistemas florestais e não florestais e ocupam cerca de 19% da área do estado de Roraima.
Amélia Tuler, pesquisadora da UFRR e autora principal do artigo, explica que a descoberta da espécie ocorreu por meio de análise de exemplares sem identificação encontrados em coleções botânicas de Roraima, nos herbários da UFRR e do Museu Integrado de Roraima (MIRR). “A espécie não se encaixava em nenhuma outra da família Myrtaceae para a região de lavrado, tanto do estado quanto da Venezuela e da Guiana”, observa a autora.
O estudo classifica a Eugenia lavradensis como ameaçada porque os exemplares identificados estão fora de unidades de proteção integral (UPI), ou seja, estão fora de estações ecológicas, reservas biológicas, parques nacionais ou refúgios de vida silvestre. Os pesquisadores também ressaltam que as áreas de lavrado não contam com unidades de conservação.