“Exército de TI” da Ucrânia planeja desligar sistema GPS russo
Ucrânia reuniu um grupo de hackers voluntários para promover uma verdadeira guerra online contra a Rússia. Veja os principais alvos
Em um esforço para enfrentar a Rússia, a Ucrânia conseguiu recrutar, na semana passada, um pequeno exército de hackers voluntários para travar uma espécie de “guerra online” contra o país invasor.
Inicialmente, os hackers tinham como alvo as empresas, bancos e agências governamentais russas. Agora, eles estão tentando desligar a constelação de satélites GLONASS, o sistema de posicionamento global lançado pela Rússia.
O sistema GPS russo conta com 24 satélites em órbita e oferece cobertura global com precisão vertical de 5 a 10 metros. A rede começou a ser desenvolvida em 1976, para fins militares, e ficou pronta apenas em 2011.
Em solo, o GLONASS possui cinco centros de telemetria, rastreamento e comando; duas estações de medição a laser; além de dez estações de monitoramento e medição. Entretanto, todo o sistema é controlado por um único centro de comando, localizado na Rússia — o que o torna um potencial alvo para os hackers.
Tal feito poderia gerar não apenas algum transtorno para o governo russo, mas também a possibilidade de atrapalhar a logística das tropas no país invadido.
“Precisamos mobilizar e intensificar nossos esforços o máximo possível”, disse um post no canal “IT army”, no Telegram.
Outros alvos dos hackers da Ucrânia
Além do GLONASS, os hackers da Ucrânia também tem se dedicado a derrubar as empresas de telecomunicação russas, minando as comunicações no país, assim como interromper as campanhas de desinformação. Os ataques também miram a Bielorrússia, país vizinho alinhado com a Rússia e que tem servido de porta de entrada para as tropas russas em território ucraniano. Segundo a , o exército virtual conseguiu desativar os sistemas de tráfego, atacando a rede que havia sido utilizada para transportar soldados russos.Já a Rússia tem atacado a Ucrânia não apenas com mísseis, tanques e soldados, mas também com malwares, ataques DDoS e, é claro, fake news.