Queda de vacinação na Europa resultou em mais de 21 mil casos de sarampo em 2017
O aumento de casos de sarampo em 2017 incluiu grandes surtos (cem ou mais casos) em 15 dos 53 países da região. Os maiores números de pessoas afetadas foram reportados na România (5.562), Itália (5.006) e Ucrânia (4.767). Estes países passaram por muitas dificuldades nos últimos anos, com quedas nas rotinas de imunização geral, cobertura consistentemente mínima entre grupos marginalizados, interrupções no fornecimento de vacinas ou sistemas de vigilância da doença falhos.Bélgica, Reino Unido, França, Alemanha, Grécia, Rússia e Tajiquistão registraram centenas de casos, de acordo com o relatório da OMS. O sarampo é um virus potencialmente mortal que pode ser prevenido com facilidade com a aplicação da vacina tríplice viral, que também imuniza o paciente contra rubéola e caxumba. De acordo com a OMS, România, Itália e Ucrânia passaram por “quedas nas rotinas de imunização geral, cobertura consistentemente mínima entre grupos marginalizados, interrupções no fornecimento de vacinas ou sistemas de vigilância da doença falhos”.
De acordo com o , muitas das infecções na România ocorreram pois a população costuma deixar de vacinar os filhos e não busca auxílio médico nos hospitais de maneira imediata. Na Itália, 88% das infecções ocorreu pois o paciente não era vacinado, escreveu o Times – isso aconteceu ao mesmo tempo que a opinião antivacinação nestes países e por todo o continente. Ceticismo injustificado sobre a segurança e eficácia das vacinas está em alta por toda a Europa em parte devido ao mesmo tipo de que ocorre nos EUA, além de ensinamentos feitos por igrejas protestantes.
Conforme escreveu o Times, governos têm instituído vacinação compulsória como resultado deste ceticismo:
Os surtos de sarampo fizeram alguns países europeus tomarem . Leis aprovadas na França, Alemanha e Itália obrigam pais a vacinarem suas crianças ou pelo menos consultarem um médico para isso. A e a Alemanha estipularam multas de US$ 600 a US$ 3.000 para quem não cumprir a lei.
Ainda de acordo com informações do New York Times, a aplicação da vacina na Europa tem sido um , reduzindo o número anuais de morte de 2,6 milhões nos anos 1980 para menos de cem mil casos em 2016.
[/]Imagem de topo: AP