A fim de fomentar a indústria de chips no país, os EUA injetaram US$ 8,5 bilhões (cerca de R$ 42,3 bilhões) na Intel. O investimento vem diretamente da Casa Branca, com assinatura do presidente Joe Biden, e faz parte da Lei de CHIPS e Ciência, que busca incentivar a fabricação de semicondutores no país.
Além do incentivo anunciado na última quarta-feira (20), a Intel ainda pode receber mais US$ 11 bilhões (aproximadamente R$ 54,7 bilhões), como parte do acordo entre a empresa e o governo dos EUA.
Segundo a Secretária do Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, o dinheiro irá garantir que “semicondutores de ponta fabricados nos Estados Unidos” mantenham“ a América no comando da inovação”.
Uma reportagem da explica que tanto a Intel quanto o governo dos EUA consideram o acordo preliminar, com chance de mudar no futuro.
Intel se destaca no mercado por fabricar os próprios chips nos EUA
Há muitos anos, a Intel é referência na indústria de chips semicondutores dos EUA. A empresa é responsável por criar grande parte dos chips que equipam computadores e servidores ao redor do mundo.
No entanto, a fabricante de processadores perdeu espaço no mercado, com a ascensão da Nvidia, AMD e Qualcomm. Mesmo após a queda em relação aos concorrentes, a Intel ainda ocupa uma posição exclusiva na indústria por não só projetar chips, como também operar as fábricas nos EUA.
A Nvidia e a AMD, por exemplo, somente projetam seus chips. Com o desenho pronto, a fabricação fica nas mãos da taiwanesa Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC).
Leis de CHIPS vai injetar um total de US$ 53 bilhões nas empresas
Hoje, os chips mais rápidos e potentes do mundo saem de Taiwan. Essa é uma das razões pelas quais a Intel fica com a maior fatia do incentivo da Lei de CHIPS e Ciência dos EUA. Ao todo, a lei visa garantir quase US$ 53 bilhões (R$ 263,8 bilhões) em subsídios às empresas que fabricam processadores nos EUA.
Assinada em 2022 pelo então presidente dos EUA, Joe Biden, a Lei de CHIPS e Ciência visa encorajar as empresas a construir fábricas no solo estadunidense. Assim, o país espera evitar uma possível interrupção no fornecimento de semicondutores, caso aconteça uma invasão da China em Taiwan.
Além da Intel, outras empresas que receberam incentivos do governo dos EUA foram GlobalFoundries, Microchip, e BAE Systems, segundo a Associação da Indústria de Semicondutores. Ainda este ano, a taiwanesa TSMC deverá receber fundos da lei para investir em uma fábrica no Arizona para montar chips da Apple e AMD.