EUA começam a banir influencers e youtubers em locais públicos
Alguns locais do planeta chamam a atenção pela beleza ou por características fora do comum. Assim, ficam famosos graças ao poder das redes sociais. Os influenciadores digitais têm papel central nesse processo de popularização porque atraem mais visitantes e turistas. Mas isso também pode acabar criando um enorme problemas para as comunidades locais.
Não é por acaso que algumas pessoas decidiram tomar medidas drásticas para lidar com o problema: proibir a ação de influenciadores.
Cafeteria de NY tirou influenciadores
É o caso do café Dae, uma cafeteria charmosa inaugurada em agosto em Carroll Gardens, na região do Brooklyn, em Nova York. O espaço ficou famoso pelo ambiente com decoração minimalista e pratos caseiros que, verdade seja dita, são bastante fotogênicos. Ou “instagramáveis”, se preferir.
No entanto, segundo o , os proprietários do local começaram a enfrentar problemas com a visita de influenciadores inconvenientes que montavam seu equipamento no meio do local, gastavam bastante tempo fazendo fotos e vídeos e pediam apenas uma bebida ou simplesmente não consumiam nada.
Carol Song, co-proprietária da loja, afirmou que é grata pelas pessoas responsáveis alavancar a popularidade do local, mas ponderou que a epidemia de influenciadores saiu completamente de controle. Segundo ela, houve casos em que algumas pessoas entraram no estabelecimento, não pediram nada, mas capturaram imagens dos pratos de clientes.
Por estes motivos, o Dae decidiu proibir fotos e vídeos. O estabelecimento vai na contramão de outros negócios que apostam na visibilidade trazida pelos influencers.
Cidade das folhas também aderiu
Outro local que viveu um problema parecido e tomou uma decisão parecida foi Pomfret, uma pequena cidade em Connecticut (EUA). No outono, a região fica tomada por árvores com folhas em tom avermelhado que realmente chama a atenção e acaba atraindo muitos produtores de conteúdo.
A região rural observou um crescente fenômeno de turistas que iam até o local para tirar fotos. De acordo com a , alguns influenciadores até assumem comportamentos bastante arriscados, como bloquear vias com limite superior a 70 km/h.
Na região ainda há relatos de propriedades privadas invadidas e placas de “proibido entrar” violadas, além de carros bloqueando passagens estreitas. De acordo com a polícia, a cidade não tem estrutura para acomodar o número de visitantes que vinha recebendo no outono e era acometida por vários problemas decorrentes desta superlotação.
O alto volume de pessoas se refletia principalmente no trânsito, já que as estradas da comunidade rural não foram projetadas para receber tantas pessoas. Estes problemas somados aos carros mal estacionados no acostamento, ou até mesmo no meio da via, acabam se refletindo em engarrafamentos que os moradores não estão acostumados.
A pedido dos moradores as autoridades locais fecharam as vias que levam aos locais mais “instagramáveis”. De acordo com a BBC, os moradores não são antituristas e consideram a atividade turística como essencial, mas exigem que os visitantes ajam com respeitos às propriedades e moradores da região.