Estudo relata as consequências do chocolate amargo no cérebro
Estudos anteriores já indicaram que o cacau é benéfico para a saúde. Ele não apenas é fonte de antioxidantes, como também ajuda a regular a pressão arterial e até mesmo prevenir o declínio cognitivo.
Mas os humanos não consomem o ingrediente puro. Na verdade, ele é misturado a uma série de outras substâncias para gerar o famoso chocolate. Pensando nisso, pesquisadores da Universidade de Ciências Médicas de Isfahan, no Irã, resolveram testar os efeitos do chocolate amargo – composto por altas porcentagens de cacau – no cérebro de ratos de laboratório.
Foram testados 35 roedores. Todos foram submetidos ao estresse crônico de isolamento. Então, os animais poderiam receber três dietas diferentes: a primeira, exclusiva com chocolate meio amargo; a segunda, com chocolate meio amargo e ração ilimitados; e a terceira, com ração ilimitada e apenas 4g de chocolate meio amargo por dia. Depois, os cientistas avaliaram o ritmo das sinapses – comunicação neural – dos ratos.
De acordo com os pesquisadores, o consumo sistemático de chocolate amargo pode reverter os efeitos adversos do estresse do isolamento crônico. Além disso, o doce parece gerar efeitos benéficos na memória e no aprendizado.
Outro fato curioso foi observado pela equipe. Todos os animais que receberam chocolate apresentaram diminuição do peso corporal, com as maiores mudanças sendo vistas naqueles que receberam o doce combinado a ração. A inserção do chocolate na dieta também fazia com que os roedores comessem menos.
O estudo completo foi publicado na revista . Ele possui limitações, afinal, os testes foram feitos apenas em animais de laboratório. São necessários ensaios com voluntários humanos para confirmar se os efeitos do chocolate amargo para o cérebro se replicam nas pessoas.