Um estudo controverso está abalando o mundo da edição genética
Quando as pessoas falam sobre a tecnologia de edição de genes CRISPR, geralmente é acompanhado de adjetivos como “” ou “”. Por esse motivo, não é surpreendente que um estudo publicado mês passado questionando o quão revolucionária a tecnologia é realmente, causou certo alvoroço.
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“Eu acho que a pesquisa publicada no Nature Methods foi um alarme falso sobre as mutações induzidas pelo CRISPR”, o geneticista Eric Topol disse ao Gizmodo. “Ironicamente, os métodos usados foram errados. Embora permaneçamos atentos a essas preocupações, efeitos genômicos não desejados que podem ocorrer na edição, foram mal identificados”.
Cientistas das companhias focadas no CRISPR e mandaram cartas distintas para o periódico, Nature Methods, apresentando suas próprias críticas.
“Baseado na informação disponível no estudo com ratos, a conclusão mais plausível é que as diferenças genéticas refletem um nível normal de variação entre indivíduos em uma colônia”. “Nós acreditamos que as conclusões tiradas desse estudo são foram substanciadas por experimentos conforme foram pensadas e praticadas”, o cientista do Editas escreveu. “Além do mais, é impossível identificar as diferenças observadas no rato cobaia com os efeitos do CRISPR per se. As diferenças genéticas vistas nessa análise comparativa provavelmente estavam presentes antes da edição com o CRISPR”. O estudo fez as ações das duas companhias, e uma terceira, a CRISPR Therapeutics, despencarem. Quase duas semanas depois, os preços de mercado ainda não haviam se recuperado completamente. Alguns chegaram a chamar de retração. “Todos os nossos métodos são descritos na nossa correspondência lida por especialistas e materiais suplementares do Nature Methods e os dados sem análise foram depositados publicamente, para que outros pudessem aprender com os nossos dados”, um dos autores da pesquisa, Alexander Bassuk, disse ao Gizmodo por email.Springer Nature, que é dono da Nature Methods, disse que eles receberam “vários contatos” sobre a pesquisa e disse que ela foi revisada por especialistas como todas as pesquisas do jornal.
“Estamos analisando cuidadosamente as preocupações que foram levantadas e estamos discutindo elas com os autores”, um porta-voz disse. Em seu , o da UC Davis, Paul Knoepfler perguntou a vários cientistas sobre o estudo e recebeu respostas variadas. Um citou os mesmos erros de metodologia que nos apresentaram. Outros defenderam que era uma boa recordação para procurarmos atentamente efeitos colaterais. “Em geral, esse estudo acrescenta um pouco à base de conhecimento, mas foi mal interpretado pela mídia”, Knoepfler. É improvável, ele escreveu, que tantas edições não intencionadas tenham acontecido, mas ainda sugere que mais estudos são necessários para investigar o problema. Isso nos leva à única coisa que é definitivamente verdade: apesar do nosso progresso recente, ainda tem muito mais que não sabemos sobre o CRISPR. Ele de fato permite que façamos edições genéticas mais fácil do que nunca, mas essa habilidade tem limitações que podem acabar sendo desastrosas se usadas em humanos, e decepcionantes quando usadas em tudo mais. O CRISPR ainda é uma tecnologia nascente, e se um dia ele puder ser usado para curar doenças ou , ainda existem muitas coisas que precisam acontecer antes.