Gerenciar senhas da forma correta não é tarefa fácil. Para aumentar a proteção online, recomenda-se utilizar credenciais não só fortes, como também diferentes para cada login. Contudo, mesmo tomando todos os cuidados, os dados virtuais podem vazar, mostrando que a melhor solução é abandonar de vez as senhas tradicionais.
Embora frágeis, as senhas ainda são o método de proteção mais comum pela praticidade e familiaridade dos usuários com o sistema. Porém, existem motivos que provam por que deveríamos substituir as senhas tradicionais quanto antes. Nas linhas a seguir, o Giz Brasil lista cinco deles.
Senhas costumam ser fracas e repetidas
Não é todo mundo que se preocupa em criar senhas fortes e diferentes para cada serviço. Segundo um levantamento da NordPass, realizado no final de 2023, as credenciais mais usadas no Brasil eram “admin” e “123456”.
Ainda são poucos os usuários que utilizam gerenciadores de senhas para gerar sequências realmente complexas. Isso facilita a invasão de cibercriminosos, que nem precisam pensar ao tentar entrar em um sistema sem permissão.
Em vez de tentar convencer usuários a criarem credenciais difíceis, vale mais a pena abandonar as senhas e aumentar o uso de autenticadores baseados em características únicas de cada pessoa. Alguns exemplos são impressões digitais e reconhecimento facial.
Hackers burlam senhas com mais facilidade
Como falamos logo acima, senhas fracas facilitam a invasão de cibercriminosos. Porém, até mesmo as senhas mais complexas não são totalmente seguras. Quando há vazamento de dados, por exemplo, todas as informações ficam disponíveis, independente da força delas.
Mais uma vez, uma das formas de evitar casos como esse é adotando métodos de autenticação mais seguros e eficientes, mas sem ignorar a experiência do usuário.
Senhas podem ser esquecidas
Quem nunca esqueceu uma senha em um momento importante? Quando há muitas credenciais diferentes, não dá para lembrar de todas sem as anotar ou armazenar em um gerenciador confiável. Nesses casos, é necessário recuperar a chave perdida.
Uma pesquisa da Norton, realizada em 2023, indicou que um terço dos entrevistados abandonou algum serviço por esquecer a senha. Esse problema é um problema não só para os usuários, como também para donos de negócios, que acabam perdendo vendas por causa do problema.
Nem todo mundo se dá bem com senhas
Existe uma parcela da população que tem dificuldade em utilizar senhas. As pessoas idosas, menos experientes no mundo da tecnologia ou com alguma deficiência precisam de métodos mais intuitivos para proteger os dados online.
Por exemplo, indivíduos com limitações de memória ou dificuldade de aprendizado podem ter bastante dificuldade em configurar uma senha ideal e lembrar dela depois. Querendo ou não, senhas tradicionais excluem usuários específicos que merecer navegar tão seguros quanto todos os outros.
Autenticação contínua já existe e pode substituir as senhas
Em vez de utilizar senhas tradicionais somente no início da autenticação — conhecida como autenticação estática (AE) —, existe a possibilidade de adotar a autenticação contínua (AC). Nesse tipo de segurança, o usuário utiliza a biometria para começar uma sessão online, assim como realizar etapas ao longo do caminho.
Por ser um processo repetitivo, porém, os serviços de autenticação devem utilizar métodos discretos para verificar as identidades, sem qualquer participação ativa dos usuários ou uso de dispositivos de hardware.
Já existem tecnologias que permitem fazer a autenticação por meio de biometria comportamental. Ao contrário da biometria fisiológica, que se baseia em impressões digitais e identificação facial, a comportamental reconhece o usuário por padrões de assinatura, de voz e até pela dinâmica da digitação.
A autenticação contínua não é perfeita, visto que comportamentos podem mudar o longo da vida. Entretanto, ainda é um método mais seguro e intuitivo que as senhas tradicionais e só tende a melhorar, no futuro.