Este retângulo tem uma cor só, e a ciência explica por que ele parece bicolor

Talvez você já tenha passado por essa imagem, que provoca uma ilusão de ótica; um novo estudo traz possíveis respostas para o mistério
Este retângulo tem uma cor só, e a ciência explica por que ele parece bicolor
Imagem: PLOS Computational Biology/Reprodução
Talvez você já tenha passado pela imagem desse retângulo (acima) na internet. É comum causar polêmica: embora pareça que há duas cores, na verdade, o retângulo cinza da ilustração tem uma cor só. O motivo da confusão é o fundo gradiente em que foi colocado.

Mas você sabe por que ficamos com essa impressão? Cientistas finalmente explicaram o mistério por trás dessa famosa ilusão de óptica.

Imagens assim são sempre complexas e capazes de confundir nosso cérebro. Agora, um aborda um tipo de ilusão, conhecido como “ilusão de contraste simultâneo”, que pode ter as respostas para o enigma. Divulgado no início de junho, o artigo revela que esse fenômeno pode estar associado a uma limitação dos nossos olhos. Anteriormente, os pesquisadores acreditavam que se tratava de um problema relacionado à capacidade de processamento do cérebro. No entanto, as novas descobertas sugerem que esse não é o caso.

“A descoberta faz muitas suposições de longa data sobre o funcionamento das ilusões de ótica caírem por terra”, afirma Jolyon Troscianko ao site Science Focus. Ele é professor na Universidade de Exeter (Reino Unido) e um dos autores do estudo.

Diferença de velocidade

Para o cientista, há um limite para a velocidade com que os neurônios dos nossos olhos são ativados. As pesquisas anteriores não consideravam o impacto dessa limitação na forma como percebemos as ilusões. Os cientistas utilizaram um modelo digital para imitar as limitações dos nossos olhos e, assim, reproduzir a forma como vemos estas ilustrações que confundem a visão. Ao expôr a ilusões específicas, o modelo ficou sobrecarregado com o grande volume de contrastes elevados. Isso fez com que percebesse a imagem da mesma forma que os humanos.

Esse fenômeno mostra como os diferentes neurônios do nosso corpo evoluíram e como se tornaram mais capacitados para funções específicas, como ver variações sutis em uma gama de cores diferentes. No futuro, os pesquisadores esperam utilizar esses dados para explorar a forma como as cores são percebidas por animais.

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