A NASA aposentou o Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha (SOFIA) em 2022. O projeto representava uma parceria entre a agência americana e o Centro Aeroespacial Alemão (DLR), que juntos buscavam construir um telescópio aéreo.
Basicamente, os cientistas montavam o equipamento nas costas de um avião Boeing 747, que voava a cerca de 12,8 mil metros de altitude. Durante seus voos, o equipamento captava dados que poderiam ajudar os cientistas a explorar a composição de atmosferas e superfícies de outros corpos celestes.
O SOFIA parou de operar, mas ainda rende informações aos cientistas. Dados do telescópio permitiram que astrônomos da NASA desenvolvessem um mapa da distribuição de água na Lua. O estudo completo foi publicado no .
A água da Lua está presente no solo em forma de cristais de gelo ou moléculas de água ligadas quimicamente a outros materiais. O novo mapa cobre aproximadamente um quarto do lado do satélite que está voltado para a Terra. Veja:
A equipe, entretanto, identificou as maiores concentrações de água nos lados sombreados de crateras e montanhas. Se pensarmos na Terra, são essas as regiões que recebem menos Sol e, consequentemente, retêm neve por mais tempo.
Ou seja, a geografia da Lua desempenha um papel importante na quantidade de água presente no satélite. O mapa da água na Lua deve ajudar cientistas em missões lunares futuras, como a Artemis, da NASA.
Em 2024, por fim, a Lua deve receber o rover VIPER, da NASA, que terá como objetivo o mapeamento de recursos com base nos dados de SOFIA. No mesmo ano, a agência espacial deve enviar astronautas para sobrevoar o satélite a bordo da espaçonave Orion na missão Artemis 2.