Estação espacial Starlab terá quartos projetados pelos Hotéis Hilton

A gigante hoteleira Hilton vai criar as suítes usadas pelos astronautas nas missões de pesquisa e turismo espacial na estação privada Starlab
Estação espacial Starlab terá quartos projetos pelos Hotéis Hilton
Imagem: Starlab/Voyager/Lockheed Martin/Reprodução

O conceito de “turismo espacial” nunca foi tão verdadeiro. As acomodações dos astronautas na estação espacial privada Starlab serão projetadas pela gigante hoteleira Hilton. A empresa assinou o contrato com Voyager Space e Lockheed Martin, que constroem a estação, nesta segunda-feira (19). 

Além de projetar as suítes, a Hilton também trabalhará com a Voyager na estratégia de marketing da estação espacial e no atendimento dos astronautas a bordo. 

A Voyager e sua empresa operacional Nanoracks querem transformar a Starlab na primeira estação espacial comercial de voo livre e tripulada continuamente – ou seja, um porto para viagens privadas de turismo espacial. O projeto tem parceria com a Lockheed Martin, fabricante de equipamentos e aeronaves militares dos EUA. 

O CEO da Voyager, Dylan Taylor, que as companhias imaginam “possibilidades de um hotel em órbita”. Segundo ele, há “fortes oportunidades de mercado” tanto em ciência e pesquisa quanto em voos espaciais tripulados. 

“A Hilton terá a oportunidade de usar a Starlab, esse ambiente único para melhorar a experiência dos hóspedes onde quer que as pessoas viagem”, disse Christopher Nassetta, CEO da Hilton. 

As empresas têm planos para começar a operação da Starlab em 2027. A construção do primeiro módulo da estação deve começar em julho de 2023. 

Planos para aposentar ISS

A Starlab é uma das quatro estações espaciais que estão sendo construídas por empresas nos EUA. Os contratos têm o apoio da NASA, que se prepara para aposentar a ISS (Estação Espacial Internacional) em 2030. 

As outras são Axiom Space, Blue Origin e Northgroup Grumann. Entre as quatro, a Nanoracks recebeu o maior contrato individual do programa: US$ 160 milhões, ou quase R$ 830 milhões na conversão direta. 

Depois da aposentadoria, a ISS cairia em uma parte remota do Oceano Pacífico conhecida como Ponto Nemo. O laboratório espacial orbitou quase 420 quilômetros desde sua inauguração, em 2000. Mais de 200 astronautas de 19 países tripularam a estrutura.

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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