Com machos adultos de aparência extravagante, com penas rosas ou vermelhas na região da cabeça e da garganta; e fêmeas de manchas mais discretas, o pássaro beija-flor-de-anna (Calypte anna) surpreende por sua habilidade de mudar de cor com o movimento. Mas, na verdade, tudo não passa de uma ilusão.
Pouco conhecida no Brasil, essa espécie da costa Oeste da América do Norte possui coloração iridescente. Ou seja, varia conforme a mudança do ângulo de incidência da luz. Com a chegada da idade, os pássaros machos têm suas penas juvenis substituídas por plumagens coloridas de adultos devido aos pigmentos das penas, sobretudo melanina e carotenóides.
Tudo isso faz parte de seu ritual de acasalamento, quando os machos voam até 40 metros de altura em direção ao sol, exibindo suas cores para as fêmeas. Além disso, as penas sofrem influência da qualidade da dieta e servem como indicativos de nutrição para parceiros ou rivais.
Diferentemente de outros colibris, os beija-flores-de-anna também cantam como parte do namoro, produzindo um som rouco. Uma vez que as aves machos e fêmeas só se reúnem para o acasalamento, as fêmeas são as únicas responsáveis pela construção do ninho e o cuidado com os filhotes.
O beija-flor-de-anna pode ser visto em lugares como o Alasca, Canadá e o México, segundo o Laboratório Cornell de Ornitologia, nos EUA. Isso ocorre principalmente em espaços abertos como florestas e parques, por exemplo. Mas, desde a década de 1950, têm expandido seu alcance, em partes, devido a jardins urbanos, atraídos por alimentadores de beija-flores e “flores amigáveis”.
O curioso nome da espécie é uma homenagem à duquesa italiana Anna Massena, do século 19. A expectativa de vida de um beija-flor-de-anna é de em média oito anos e meio. Já o tamanho de uma ave da espécie é de cerca de 10 cm e entre três e seis gramas de peso.
Veja a mudança de cor do beija-flor-de-anna abaixo:
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