Esta baleia deu à luz enroscada em redes de pesca

Animal foi flagrado nadando junto ao seu bebê na costa da Geórgia, nos Estados Unidos - e pode estar arrastando a mesmo rede de pesca desde março deste ano
Imagem: Georgia Wildlife Resources/Reprodução

Pesquisadores de vida selvagem avistaram uma baleia franca ameaçada de extinção nadando ao lado de um filhote na costa dos Estados Unidos. Seria uma cena comum se a mãe não estivesse com uma corda enredada na boca — o que indica que a fêmea deu à luz ao bebê enquanto estava presa em uma rede de pesca. 

O avistamento aconteceu na última quinta-feira (2), próximo à Ilha de Cumberland, no estado americano da Geórgia. De acordo com os biólogos do Departamento de Recursos Naturais do estado, que identificaram a dupla, o recém nascido estava aparentemente saudável e não foi afetado pela rede.

Os meses do fim de ano (até março de 2022) são a época em que a espécie começa a gerar descendentes. Mas as particularidades desse parto o tornam bem preocupante – sabe-se apenas de mais um único relato em que uma baleia franca deu à luz enquanto estava emaranhada em cordas, em 2011. 

De acordo com cientistas e defensores do Consórcio da Baleia Franca do Atlântico Norte, só no último ano a população desses mamíferos caiu em . No passado, as gigantes foram dizimadas pela caça, e hoje sofrem as consequências da pesca irresponsável.

Jornada extensa

Segundo os pesquisadores, a baleia em questão tem arrastado a corda pela boca desde março deste ano, quando foi avistada na Baía de Cape Cod, em Massachusetts. Cientistas tentaram tirar a rede da boca do mamífero, mas só conseguiram cortar uma parte dela. Outros seis metros de rede seguem sendo carregadas pelo mamífero.

Agora, autoridades de vida selvagem se preocupam se a mãe conseguirá viver. A rede pode atrapalhá-la na hora de amamentar seu filhote, por exemplo. Além disso, ela ainda estará gastando energia enquanto arrasta a linha de pesca e, possivelmente, tem ferimentos na boca. 

Como se não bastasse, a baleia se alimenta antes de ir para o sul dar à luz e depois só volta a comer quando retorna as regiões da New England e ao sudeste do Canadá, onde ocorre o acasalamento. Essa viagem de ida e volta pode levar três meses ou mais, um tempo preocupante para um animal debilitado.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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