Um acompanhou auroras boreais que brilhavam sobre o Alasca no último sábado (15). Por volta da 1h54 (horário local), uma espiral surgiu no céu e tomou o espaço por alguns minutos.
A cena foi registrada pelo fotógrafo Todd Salat, que estava capturando as luzes do norte perto da cidade de Delta Junction, na Região Censitária de Southeast Fairbanks. Em suas redes sociais, o profissional contou que nunca havia registrado nada do tipo, mas que gostou da “sensação do desconhecido”.
Salat descobriu do que se tratava após algumas pesquisas na internet. Segundo o fotógrafo teve acesso, a espiral surgiu cerca de três horas após o lançamento da missão Transporter-7, da SpaceX.
O lançamento envolveu um foguete Falcon 9 que partiu de uma base na Califórnia, nos EUA. O objetivo da missão era colocar dezenas de satélites em órbita.
Após manobras como essa, é comum que o foguete descarte o resto de combustível na atmosfera. Nesse processo, a substância pode acabar congelando em minúsculos cristais refletores de luz.
Quando os raios solares atingem o material, ele brilha em formato de galáxia espiral. Foi o que provavelmente aconteceu no Alasca. Por sorte, o fato ocorreu ao mesmo tempo em que as auroras boreais brilhavam em tons de verde, tornando a cena ainda mais especial.
De toda forma, esse não é um evento raro. Em janeiro de 2023, outro lançamento da SpaceX desencadeou um redemoinho de luz no céu do Havaí. A missão também estava transportando um satélite.
Apesar de chamar a atenção, o fenômeno preocupa os astrônomos. A maior ocorrência dessas espirais indica que mais satélites estão sendo enviados ao espaço, o que acaba poluindo o ambiente e impedindo algumas observações científicas.