Algumas empresas que não curtem pagar o “imposto da Apple” na App Store
A expressão “abrir a porteira” talvez seja a melhor para explicar o posicionamento atual de várias empresas contra as políticas da App Store da Apple. É uma reclamação antiga de desenvolvedores, mas parece que a recente notícia de que a Comissão Europeia iria investigar a companhia por possíveis práticas anticompetição fez com que todo mundo resolvesse pegar carona para criticar a Apple.
Antes de falar sobre todo mundo que passou a criticar a Apple, vale retomar um pouco a história e entender o contexto e o que está em jogo:O início da briga
Para alguns poucos parceiros especiais, a taxa da Apple é de 15%. De outros, não há cobranças de taxas. Exemplo: compras de filmes do Prime Video (no Brasil, não está disponível a venda de filmes e séries específicos; só a assinatura), corridas da Uber ou aluguéis no Airbnb, por exemplo, não tem taxas.
A primeira empresa a reclamar de forma mais destacada foi o Spotify. O serviço de streaming desde 2016 mostra objeção ao modelo de negócio da Apple, não só pela questão da taxa de 30%, mas também por oferecer serviços concorrentes, como o Apple Music.
Tudo isso culminou com um anúncio da União Europeia que iria investigar se a prática da Apple prejudica a competição.
Agora, sim, algumas empresas que se mostraram contra a prática da empresa da maçã:Epic Games
Here Apple speaks of a level playing field. To me, this means: All iOS developers are free to process payments directly, all users are free to install software from any source. In this endeavor, Epic won’t seek nor accept a special deal just for ourselves. — Tim Sweeney (@TimSweeneyEpic)
Tradução: “Aqui, a Apple fala de condições iguais. Para mim, isso significa: todos os desenvolvedores do iOS podem processar pagamentos diretamente, todos usuários podem instalar o software a partir de qualquer fonte. Neste esforço, a Epic não buscara nem aceitará um acordo especial apenas para nós”
Match
Em comunicado ao , a Match, empresa dona de apps de relacionamento, como o Tinder, também criticou a Apple:
“A Apple é uma parceira, mas também uma plataforma dominante cujas ações forçam a maioria dos consumidores a pagarem mais por apps de terceiros que a Apple arbitrariamente define como ‘serviços digitais’. Nós saudamos a oportunidade de discutir isso com a Apple e criar uma distribuição igualitária de taxas em toda a App Store, além das partes interessadas na União Europeia e nos Estados Unidos”.
Microsoft
Em um evento do site americano Politico, Brad Smith, presidente da Microsoft, também fez coro às críticas, até com certo conhecimento de caso, pois a Microsoft já foi alvo de processo antitruste da União Europeia no passado. De acordo com a , ele comentou que “algumas lojas de aplicativos criam uma barreira muito maior para competidores do que a Microsoft fez há 20 anos”.
Sem citar a Apple nominalmente, Smith disse:“Eles impõem requisitos indicando que existe apenas uma maneira de acessar plataforma e passar pelo portão que eles mesmos criaram. Em alguns casos, eles criam um preço muito alto pelo pedágio — em alguns casos, 30% de sua receita vai para o porteiro”