Empresa de Elon Musk agora planeja testar chips cerebrais em humanos

Após fazer um macaco jogar Pong apenas com a mente e transmitir a atividade cerebral de uma porca, a Neuralink planeja testar seus implantes em humanos com paralisia. E, para isso, busca funcionários
Chips cerebrais
Imagem: Wikimedia Commons/Reprodução

Precisando de emprego? Uma na Neuralink, empresa de Elon Musk, acaba de ser publicada. Brincadeiras a parte, a movimentação sugere que a fabricante de chips cerebrais está finalmente se preparando para testar seus dispositivos em humanos. 

A empresa, fundada em 2016, tem como principal objetivo permitir que pessoas com paralisia operem seus computadores e telefones através da mente. Mais que isso, Elon Musk já falou até mesmo sobre a possibilidade de pacientes sem mobilidade recuperarem seus movimentos com auxílio dos dispositivos. 

A vaga para o cargo em Fremont, na Califórnia, diz que o candidato irá “liderar e ajudar a construir a equipe responsável por viabilizar as atividades de pesquisa clínica da Neuralink e desenvolver as interações regulatórias que acompanham um ambiente acelerado e em constante evolução”. Sim, tão vago quanto uma vaga de emprego costuma ser.

Até o momento, o implante foi testado apenas em porcos e macacos. Um publicado pela empresa no ano passado mostra um primata jogando Pong apenas com a mente durante experimento da Neuralink. Em outra , a porquinha Gertrude também teve sua atividade cerebral transmitida em tempo real.

“Acho que temos uma chance com o Neuralink de restaurar a funcionalidade do corpo inteiro para alguém que tenha uma lesão na medula espinhal. O Neuralink está funcionando bem em macacos, e, na verdade, estamos fazendo muitos testes e apenas confirmando que ele é muito seguro e confiável, e também pode ser removido com segurança”, Elon Musk à cúpula do Conselho de CEOs do Wall Street Journal no último mês.

De toda forma, as notícias relacionadas à Neuralink devem ser tratadas com cautela. Em 2019, o empresário já havia dito que implantaria os chips cerebrais em humanos no ano seguinte. Isso ainda não aconteceu. 

Além disso, a Neuralink precisa de uma aprovação da FDA (Food and Drug Administration), agência regulatória americana, antes de expandir seu projeto ao público. Pode ser que isso não demore tanto, já que o implante é classificado pela FDA como “dispositivo inovador”, uma designação que pode ajudar a agilizar esse processo de revisão. Seguiremos acompanhando as cenas dos próximos capítulos.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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