Dubai, metrópole dos Emirados Árabes Unidos, já começou a atualizar suas leis para criar uma cidade virtual e permitir que entidades financeiras atuem no metaverso. O centro econômico lançou em agosto o programa , que quer atrair mais de 900 empresas relacionadas a blockchain e Web3.
Diferente de outros países, onde as regulações ainda não são específicas para este fim, a Autoridade Reguladora de Ativos Virtuais de Dubai possibilitou serviços bancários e estatais nas plataformas de realidade virtual.
Não é por acaso: Dubai tem o objetivo de construir uma cidade virtual e tornar-se líder global nas transações do metaverso. A cidade estima que o valor de mercado dessas plataformas varie entre US$ 10 bilhões a US$ 30 bilhões nos próximos 15 anos.
Só os Emirados Árabes Unidos querem expandir o mercado voltado ao setor para US$ 4 bilhões até 2030. Esse também é o prazo para criar mais de 40 mil empregos virtuais.
A cidade não espera ter benefícios apenas na área de tecnologia. A estratégia é que o incentivo melhore o desempenho da saúde, em especial de cirurgias à distância, em 230%.
Outra vantagem esperada é ampliar a produtividade de engenheiros em 30% e levar 42 mil empregos que hoje são presenciais para o home office.
Cidade no metaverso
Mais que um polo econômico e tecnológico para o metaverso, Dubai quer construir locais que existem na cidade dentro das plataformas. O emirado deve lançar uma versão beta de pontos turísticos e parques de eventos da cidade e da capital Abu Dhabi até dezembro.
Esses espaços terão capacidade para comunidades virtuais “infinitas” e interconectadas a partir de headsets de realidade virtual, como em julho. Ali também será possível que usuários negociem NFTs e espaços publicitários, por exemplo.
Outras funcionalidades das “cidades virtuais” serão a realização de palestras e registro de licenças e documentações emitidas pelo governo. Na prática, os cidadãos não precisarão sair de casa para solicitar documentos ou emitir licenças que dependam da burocracia, por exemplo.
Além dos Emirados Árabes Unidos, o programa tem o Catar e a Arábia Saudita como potenciais candidatos para entrar como “nações virtuais” nos próximos anos.