Cultura
Em defesa do aborto, Olivia Rodrigo distribui pílulas do dia seguinte em show nos EUA
Após anulação de lei de direito ao aborto nos EUA, Olivia Rodrigo anunciou fundo em apoio à saúde e violência de mulheres
Imagem: Reprodução/Instagram
A cantora americana Olivia Rodrigo repercutiu nas redes sociais após distribuir pílulas contraceptivas aos fãs em um show. O ato aconteceu na última na última terça-feira (12), durante sua turnê “Guts”, em St. Louis, Missouri (EUA).
No show, fãs receberam gratuitamente preservativos e pílulas do dia seguinte da marca Julie. Além disso, a ação incluiu cartões com códigos QR que levavam a materiais informativos e ao Fundo para o Aborto no estado americano de Missouri.
Segundo informações da Variety, a iniciativa é uma parceria da artista com a organização “Right by You” para a conscientização e acesso à saúde reprodutiva.
Em entrevista ao The Guardian, a diretora do projeto, Stephanie Sheley, disse que distribuição foi uma escolha do projeto, convidado pela artista. De acordo com o jornal, havia no local uma mesa onde os espectadores podiam fazer doações e receber contraceptivos.
Nas redes sociais, uma fã compartilhou imagens do pacote entregue à plateia, agradecendo à cantora. Um dos folhetos apresentava a frase “Financiar o aborto? É uma boa ideia, certo?”, em referência à música “Bad idea right?”, do álbum “Guts“, de Olivia Rodrigo.
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Como funciona a lei reprodutiva nos EUA
Em junho passado, a anulação de um caso de 1973 que assegurava o direito ao aborto nos EUA proibiu ou restringiu o aborto legal em diversos estados. No Missouri, por exemplo, a lei permite o procedimento apenas em caso de emergência médica.
Na época, Olivia Rodrigo se manifestou contra a decisão que baniu o aborto seguro. “Estou arrasada e aterrorizada. Tantas mulheres e tantas meninas vão morrer por causa disso. Eu queria dedicar a próxima música aos cinco membros da Suprema Corte que nos mostraram que, no final das contas, eles realmente não dão a mínima para a liberdade”, disse a cantora no festival Glastonbury.
Apesar de opiniões controversas acerca do tema, a pílula do dia seguinte não é considerado um medicamento abortivo, segundo a agência reguladora de remédios dos EUA, a FDA (Food and Drug Administration). Seu uso é legal no país, embora as pílulas custem cerca de US$ 40 a US$ 50 (algo entre R$ 200 e R$ 250).