A partir década de 1970, quando atingiu Bangladesh, o mundo passou a investir em sistemas de alerta que possibilitaram ações de redução de danos frente a desastres naturais.
Embora o número de mortes causadas por esses eventos tenha diminuído desde esta época, os danos causados por aumentaram cerca de sete vezes de lá pra cá. No total, foram US$ 500 bilhões de prejuízo.
Nos últimos anos, com o aquecimento do planeta, esses eventos se tornaram mais frequentes. Por isso, buscar alternativas para evitar fenômenos climáticos não é novidade.
No entanto, uma pesquisa analisou agora duas novas possibilidades de fazer isso, em um estudo publicado na revista .
O que diz a pesquisa
Na primeira técnica, pesquisadores sugerem o esfriamento da superfície do oceano. Isso porque os furacões precisam de superfícies marítimas quentes para se formar.
Para fazer isso, a ideia é canalizar a água gelada de profundidades abaixo de 200 metros, no fundo do oceano, levando essa água fria para a superfície
Contudo, a metodologia envolve um alto investimento financeiro – e sem a certeza de que será efetivo. Além disso, diminuir a temperatura de uma área não impede a formação de ciclones em outros lugares.
Como segunda opção, pesquisadores sugerem a injeção de aerossol, que consiste em inserir partículas que atraem a água na baixa atmosfera. Isso ajudaria a refletir e espalhar a luz solar, provocando chuvas e diminuindo a energia da formação de furacões.
De modo geral, essa técnica tem embasamento científico: cientistas já confirmaram que a poeira no vento que sai do deserto do Saara e parte rumo ao Oceano Atlântico reduz o desenvolvimento de ciclones.
Contudo, ainda não se sabe quais os possíveis efeitos colaterais disso. Pesquisadores especulam que a dispersão de energia pode ocasionar chuvas intensas em outras regiões, o que também traz riscos.
O clima como uma arma
Se as técnicas para impedir furacões e ciclones tiverem sucesso, ainda não está claro como esse tipo de ação se organizaria.
Em geral, a tecnologia poderia ser mal utilizada, assim como diversas outras já são. Por isso, há receio de que, se o controle de furacões for aperfeiçoado, países possam utilizá-los como armas naturais, direcionando o fenômeno para outra região do planeta.