Ciência
Duas sondas estão ajudando cientistas a entender melhor o fenômeno que impulsiona o vento solar
Medições da sonda da Nasa e outra da Agência Espacial Europeia (ESA) permitiram aos cientistas identificar de onde pode estar vindo a energia que acelera e aquece o vento solar depois que ele sai do Sol.
Texto: Yeimy J. Rivera/Michael L. Stevens/Samuel Badman/
Nosso Sol emite um fluxo constante de plasma, ou gás ionizado, chamado de vento solar, que atinge todo Sistema Solar. Fora da magnetosfera protetora da Terra, o a velocidades que chegam a mais de 500 quilômetros por segundo. Mas os cientistas ainda não conseguiram descobrir de onde vento solar obtém energia suficiente para atingir essa velocidade – até agora. de em agosto de 2024 que aponta para uma fonte de energia que impulsiona o vento solar.
Descoberta do vento solar
O físico Eugene Parker previu a existência do vento solar . A sonda Mariner, lançada com destino a Vênus, em 1962. , estudos mostraram que a , poderia se aquecer a temperaturas muito altas, de mais .O trabalho de Parker sugeriu que essa temperatura extrema poderia criar uma pressão térmica externa forte o suficiente para superar a gravidade e fazer com que a camada externa da atmosfera do Sol escapasse.
À medida que os cientistas faziam medições cada vez mais detalhadas do vento solar próximo à Terra, no entanto, rapidamente surgiram lacunas na ciência do vento solar. Em particular, eles encontraram dois problemas com a parte mais rápida do vento solar.
Primeiro, o vento solar continua a se aquecer depois de deixar a coroa do Sol, sem explicação. E, mesmo com esse calor adicional, o vento mais rápido ainda para os cientistas explicarem como ele é capaz de acelerar a velocidades tão altas quanto as registradas.
Essas duas observações significavam que alguma fonte de energia extra deveria existir além dos modelos de Parker.
Ondas Alfvén
e seu vento solar são plasmas. , mas todas as partículas nos plasmas têm uma carga e respondem a campos magnéticos. Semelhante à forma como as ondas sonoras viajam pelo ar e transportam energia na Terra, os plasmas têm o que chamamos de ondas Alfvén se movendo através deles. Durante décadas, na dinâmica do vento solar e desempenharem um papel importante no transporte de energia no vento solar. Os cientistas, porém, não sabiam dizer se essas ondas estavam de fato interagindo diretamente com o vento solar ou se geravam energia suficiente para alimentá-lo. Para responder a essas perguntas, eles precisariam medir o vento solar muito próximo ao Sol. Em 2018 e 2020, a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA) lançaram suas respectivas novas missões para estudar o Sol: a e a . Ambas sondas para medir as ondas Alfvén perto do Sol. A viaja entre 1 unidade astronômica (UA) – cerca de 150 milhões de quilômetros, a distância média da órbita da Terra do Sol – e 0,3 unidade astronômica, chegando um pouco mais perto do Sol do que Mercúrio. Já a Parker Solar Probe . A sonda chega a apenas cinco diâmetros solares do Sol, entrando nas . Cada diâmetro solar equivale a cerca de 1,4 milhão de quilômetros.
Com essas duas missões operando juntas, não apenas cientistas como nós podem investigar o vento solar próximo ao Sol, mas também podemos estudar como ele muda entre o ponto em que Parker o vê e o ponto em que o Solar Orbiter o vê.
Este artigo foi originalmente publicado em