Dormir é tão importante quanto atividade física para a saúde do coração
Pesquisadores da Universidade de Columbia, nos EUA, mostraram como dormir mal pode interferir na saúde cardíaca da população. O estudo foi publicado no
Os cientistas analisaram dados de 2 mil adultos de meia-idade e idosos que estavam participando de um estudo em andamento nos EUA sobre doenças cardiovasculares. Todos haviam realizado exames de sono e preencheram formulários sobre seus hábitos.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA define a duração de sono ideal para um adulto entre sete e nove horas por noite, mas o estudo mostra que os americanos não seguem a recomendação. Cerca de 63% dos voluntários dormiam menos de sete horas por noite, enquanto 30% dormiam menos de seis horas.
Segundo o artigo, pessoas que dormem menos que o recomendado são mais propensas a ter padrões irregulares de sono, sonolência diurna excessiva e apneia do sono. Os cientistas também associaram o problema a maior prevalência de fatores de risco para doenças cardíacas, como obesidade, diabetes tipo 2 e pressão alta.
O sono insuficiente parece ainda desregular hormônios ligados a fome e saciedade, fazendo com que as pessoas busquem por alimentos ricos em calorias que oferecem energia rápida, mas podem tornar a dieta. Tanto a alimentação quanto o hábito de praticar atividades físicas, visto com menos frequência em pessoas com sono desregulado, estão associados à saúde do coração.
Como se não bastasse, dormir mal também pode aumentar os níveis de estresse e até mesmo o risco de depressão, o que afeta a saúde do coração. Todos esses fatores levaram a American Heart Association a adicionar a duração do sono à lista Life’s Essential 8, que indica as oito diretrizes essenciais para manter a saúde cardiovascular.
Além do sono saudável, a lista também diz que a população deve parar de fumar, comer melhor, manter-se ativa, controlar o peso, a pressão arterial, o colesterol e reduzir o açúcar no sangue. Medidas simples em prol de uma melhor qualidade de vida.