Curiosidades

Documentário mostra polos de inovação ao redor do Brasil; veja como assistir

Liderada pela jornalista Patricia Travassos, a equipe percorreu 20 mil km para retratar os mais importantes ecossistemas de inovação no país
Trecho do trailer do documentário recém-lançado "Ecossistemas de Inovação", produzido pela Prosa Press. Imagem: YouTube/Reprodução
Existe muita inovação no Brasil, para além do eixo Rio-São Paulo. E essas novas soluções podem transformar profundamente a vida das pessoas que vivem fora dos principais centros. É isso que mostra o novo documentário “Ecossistemas de Inovação”, dirigido pela jornalista Patricia Travassos e narrado pelo pesquisador Silvio Meira.

O filme recém-lançado foi gravado ao redor do país, em Recife (PE), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Santa Rita do Sapucaí (MG), Campinas (SP), São José dos Campos (SP) e São Paulo (SP). A equipe percorreu mais de 20 mil quilômetros para conhecer alguns dos polos tecnológicos mais importantes do Brasil.

O objetivo foi apresentar e valorizar a pluralidade dos hubs brasileiros, muito além das startups do Vale do Silício, na Califórnia (EUA), que costuma ser a nossa grande referência de inovação.

“Ainda estamos com o olhar lá para fora. Podemos conhecer referências bacanas de desenvolvimento e tecnologia no próprio Brasil”, destaca Patricia, em entrevista ao Giz Brasil. Ela é fundadora da Prosa Press, produtora por trás do documentário de “70 minutos”.

A produção levou cerca de um ano, e contou com quase 100 entrevistas. Participam do longa ícones da inovação como Silvio Meira (Porto Digital/PE), Jorge Audy (Tecnopuc/RS), Romero Rodrigues (Buscapé), Moacir Marafon (Softplan/SC), Marcelo Dantas (Bienal do Mercosul), além de empreendedores, investidores e pesquisadores.

“Queríamos ter os pilares mais importantes representados: universidade, hub de startups, comunidades, aceleradora, as figuras importantes por trás dos projetos e os líderes de inovação. A ideia foi mostrar como funcionam as engrenagens de cada um dos ecossistemas”, explica. Veja o trailer do filme:

Cases de sucesso com foco no local

O filme mostra vários cases de sucesso de startups com foco em trazer soluções para problemas locais, criando produtos voltados às particularidades de cada região. Um dos exemplos destacados por Patricia é o caso da NavegAM, de Manaus (AM). Fundada em 2019, a empresa foi responsável por automatizar a venda de passagem fluviais, digitalizando esse meio de transporte, tão relevante na região Norte. “Descobrimos esse Brasil muito positivo, que traz um horizonte de possibilidades para uma nova geração, inclusive para as classes sociais menos favorecidas, que ficavam longe desse universo da tecnologia, muitas vezes”, diz Patricia. O G10 Favelas também aparece na produção, com o Favela Brasil Xpress, por exemplo, logtech ligada à organização sem fins lucrativos. A startup acelerou a logística de entrega de encomendas em comunidades brasileiras, criando um centro de distribuição próprio e se conectando com as empresas. O projeto começou em Paraisópolis, comunidade popular na zona Sul de São Paulo, onde diversas varejistas tradicionais se recusam a atender, por receio com a insegurança. Essa é a realidade de várias outras favelas. Atualmente, o Favela Brasil Xpress está presente em nove comunidades: cinco em São Paulo, duas no Rio de Janeiro, uma em Brasília e outra em Belo Horizonte

Ecossistemas que aparecem no documentário

  • Porto Digital, em Recife (PE)
  • Tecnopuc e Instituto Caldeira, em Porto Alegre (RS)
  • Rota da Inovação, em Florianópolis (SC)
  • Vale da Eletrônica, em Santa Rita do Sapucaí (MG)
  • Unicamp, em Campinas (SP)
  • Parque Tecnológico, em São José dos Campos (SP)
  • G10 Favelas, em São Paulo (SP)
  • Distrito de Inovação, no Tech hub Manaus e no Sidia, em Manaus (AM)

Como assistir?

“Ecossistemas de Inovação” foi viabilizado pela 3M, via lei de incentivo ProAC, e pode ser assistido de forma gratuita pela internet, no e na plataforma de streaming Canal Markket. Também será transmitido nos canais 692 da Claro TV e 611 da Vivo e Vivo Fibra. No site www.ecossistemasdeinovacao.com.br também são divulgadas as datas de sessões nos cinemas em várias capitais brasileiras. O carbono gerado durante as gravações, estimado em 12 toneladas de CO2, será compensado pelo plantio de 72 árvores nativas da Mata Atlântica na Área de Proteção Ambiental (APA) do Pratigi, no Baixo Sul da Bahia.

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