Após o anúncio de novos filmes dos Beatles, chegou a vez de o documentário “Let It Be” conquistar uma nova geração de fãs. Uma versão do filme de 1970, restaurada pela Park Road Post Production do cineasta Peter Jackson, chegará ao Disney+ em 8 de maio.
“Let It B” está fora circulação desde o início dos anos 1980 – com exceção de cópias piratas de baixa qualidade. O filme, que saiu em versões VHS e laserdisc e nunca teve lançamento em DVD, Blu-Ray ou streaming.
A restauração, a partir do negativo original de 16 mm, usou remasterização do som e a mesma tecnologia de revitalização das filmagens do documentário “The Beatles: Get Back”, também no streaming da Disney, com direção de Jackson.
“Estou absolutamente emocionado que o filme de Michael, ‘Let It Be’, finalmente chegue ao digital, após ficar indisponível por décadas”, disse o cineasta em um trecho de seu comunicado (via Variety).
“Tive muita sorte de ter acesso às cenas de ‘Get Back’ de Michael e sempre pensei que ‘Let It Be’ era necessário para completar a história de ‘Get Back’. Em três partes, mostramos Michael e os Beatles filmando um novo documentário inovador, e ‘Let It Be’ é esse documentário – o filme que eles lançaram em 1970.”
Documentário “Let It Be” mostra bastidores do último álbum dos Beatles
Assim como o popular “Get Back”, o filme dos anos 1970 acompanha os bastidores das gravações da música e disco de mesmo nome. O disco é o décimo terceiro e o último de estúdio do grupo, além de um marco em sua trajetória na música.
O diretor, Michael Lindsay-Hogg, ressaltou a percepção do público sobre o documentário, que estreou um mês após a separação dos Beatles. “As pessoas foram ver ‘Let It Be’ com tristeza em seus corações, pensando: ‘Nunca mais verei os Beatles juntos. Nunca mais terei essa alegria’, e isso escureceu muito a percepção do filme. Mas, na verdade, com que frequência você vê artistas dessa estatura trabalhando juntos para transformar o que ouvem em suas cabeças em músicas?”, disse.
Nas décadas de 1990 e 2000, outros esforços foram feitos para restaurar o projeto para lançamento em DVD ou cinema. No entanto, o trabalho foi deixado de lado, supostamente por desinteresse dos músicos. Anos mais tarde, Paul McCartney negou estar contra a restauração em uma entrevista, em 2016.