A USP (Universidade de São Paulo) alcançou um marco histórico ao ser a primeira universidade brasileira a entrar no Guinness World Records 2024 . O reconhecimento se deu pela descoberta científica de um antigo lago — considerado o maior do mundo.
Pesquisadores da universidade brasileira, em colaboração com universidades da Holanda, Rússia, Alemanha e Romênia, identificaram a formação. Nomeado como Paratethys, este gigantesco corpo de água existiu há aproximadamente 11 milhões de anos, estendendo-se da região leste dos Alpes até o atual território do Cazaquistão.
A pesquisa, liderada pelo geocientista Dan Palcu, , é de junho de 2021. O estudo revelou que o maior lago do mundo cobriu uma vasta área de cerca de 2,8 milhões de quilômetros quadrados. Além disso, ele continha mais de 1,8 milhão de quilômetros cúbicos de água salobra — com uma maior quantidade de sal.
Este volume é dez vezes superior ao total dos lagos de água doce e salgada existentes atualmente no mundo. Anteriormente, acreditava-se que a região abrigava um mar pré-histórico, conhecido como Mar Sármata.
Contudo, as novas evidências sugerem que esse mar transformou-se em um lago isolado. Ele deve ter sido habitado por espécies animais únicas e nunca vistas em outras partes do mundo.
Durante seus 5 milhões de anos de vida, o megalago sofreu alterações em sua extensão devido a mudanças climáticas e atividades de placas tectônicas. Atualmente, o Mar Negro, Mar Cáspio e o Mar Aral, que já foram bacias do Parethys, são os principais remanescentes do que foi o megalago.
Com participação brasileira no recorde, a descoberta que entrou para o Guinness foi resultado de anos de expedições e pesquisas intensivas na Europa Oriental e na Ásia.