A NASA anunciou que concluiu os , confirmando a decolagem para o próximo dia 29 de agosto. Com este lançamento, a agência dará início a um cronograma de longo prazo que inclui não apenas o retorno de humanos à Lua, mas também viagens tripuladas a Marte.
Na noite desta terça-feira (16), o foguete de 98 metros de altura será transportado do prédio de montagem VAB (sigla para “Vehicle Assembly Building”) em direção à rampa de lançamento 39B, do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, nos EUA.
O foguete será levado por uma plataforma de transporte dotada de esteiras, demorando cerca de 8 horas para cobrir os 6,4 km de distância que separam o VAB da torre de decolagem.
A expectativa é que o lançamento ocorra na manhã do dia 29 de agosto. Porém, caso ocorra algum imprevisto técnico ou meteorológico, a NASA tentará fazer uma nova tentativa nos dias 2 ou 5 de setembro.
Nesta primeira missão, o foguete SLS (Space Launch System) impulsionará a espaçonave Orion em direção à Lua. A Artemis 1 não levará astronautas a bordo, pois essa missão tem o principal objetivo de testar tecnologias, hardwares e sistemas em uma viagem real no espaço.
O foguete da Artemis 1 no interior do prédio de montagem da NASA
O que vem depois da Artemis 1?
Ao todo, a missão Artemis 1 terá duração de cerca de 40 dias, incluindo permanecer em órbita da Lua por algumas semanas, antes da nave Orion retornar à Terra e pousar no oceano em segurança.
Se tudo ocorrer como o previsto nessa primeira viagem, a Artemis 2 deve ser lançada com astronautas a bordo cerca de 20 meses depois, em 2024. Esta missão deverá fazer o mesmo percurso que a Artemis 1, também sem ocorrer um pouso na Lua, mas tendo uma duração menor, de cerca de 10 dias.
A alunissagem só deve ocorrer durante a Artemis 3, a partir de 2025. O pouso deverá ocorrer no polo Sul da Lua, utilizando um sistema de pouso desenvolvido por uma empresa privada. Até o momento, a NASA optou por usar a Starship, da SpaceX.
No cronograma inicial da NASA, a previsão é que, em 2027, a Artemis 4 tenha como missão transportar o módulo I-Hab para a Gateway – uma estação espacial que será construída em órbita da Lua ao longo da próxima década.
Em 2028, a Artemis 5 também prevê a entrega de mais dois elementos para a Gateway, bem como efetuar o segundo pouso tripulado do programa na Lua. Porém, diante dessa lacuna de 3 anos entre as duas alunissagens, a NASA estuda incluir uma , conforme apontou o site Ars Technica.
As missões seguintes continuarão a construir a Gateway, assim como levar um rover pressurizado para a Lua, em 2030; além do início da construção de um habitat na superfície lunar, a partir de 2032, com capacidade para estadias de astronautas de até 45 dias.
Concepção artística de uma cápsula Orion se aproximando da estação lunar Gateway.
E Marte?
A NASA pretende utilizar toda a estrutura construída durante o programa Artemis na Lua para alçar voos mais distantes, como enviar a primeira missão tripulada para Marte.
Na última semana, o presidente americano Joe Biden, assinou a Lei CHIPS, que inclui no texto a criação de um “Escritório do Programa Lua a Marte”, com o objetivo de aproveitar a experiência aprendida durante o programa Artemis para eventuais missões humanas em Marte.
A ideia é que a Lua servirá como um ponto de parada e de apoio para missões para o espaço profundo. A expectativa é que a primeira viagem tripulada a Marte ocorra em algum momento da próxima década, a partir de 2034.
Isso, claro, dependerá da liberação de financiamento do governo dos Estados Unidos, bem como das parcerias da NASA com outras agências espaciais e empresas privadas.