A OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta quinta-feira (11) o fim da emergência global de mpox, conhecida popularmente como varíola dos macacos. A decisão vem seis dias depois da organização encerrar o alerta para a Covid-19.
“Ontem o comitê de emergência para mpox se reuniu e me recomendou que o surto não representa mais uma emergência de saúde pública de interesse internacional”, escreveu Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, no Twitter. “Aceitei o conselho e tenho o prazer de declarar que o mpox não é mais uma emergência de saúde global”.
Yesterday, the emergency committee for met and recommended to me that the outbreak no longer represents a public health emergency of international concern.
I have accepted that advice, and am pleased to declare that mpox is no longer a global health emergency.
— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros)
“No entanto”, completou ele, “como aconteceu com a Covid-19, isso não significa que o trabalho acabou. O mpox continua a representar desafios significativos de saúde pública que precisam de uma resposta robusta, proativa e sustentável”.
O vírus entrou para a lista de emergências de saúde pública de interesse internacional da da OMS em julho de 2022. Isso faz com que os países entrem em estado de alerta para gerenciar a emergência, cada uma à sua maneira.
Segundo Adhanom, as contaminações diminuíram 90% nos últimos três meses na comparação com os 90 dias anteriores. Em resposta ao fim da emergência global, o diretor-geral da OMS pediu que os países mantenham a capacidade de teste e de resposta a surtos futuros.
O que é a varíola dos macacos (Mpox)
A OMS registrou mais de 87 mil casos confirmados de mpox e 140 mortes de janeiro de 2022 a abril de 2023 em 111 países e territórios. Até fevereiro, o Brasil registrou 15 mortes pelo vírus e cerca de 11 mil casos.
O mpox é uma infecção viral semelhante à varíola humana, porém mais leve. Até o surto recente, era mais comum encontrar o vírus em partes da África central e ocidental.
A doença tem baixa mortalidade e os sintomas incluem febre, dores musculares e inchaço dos gânglios linfáticos. Depois, causa uma erupção cutânea semelhante à catapora no rosto e no corpo. Em outubro, o Brasil recebeu o primeiro lote de vacinas contra a doença.