Após o aumento número de incêndios no Brasil, o governo do Mato Grosso do Sul decretou estado de emergência nos municípios afetados pelo fogo fora de controle no estado. Isso tudo em um curto período de tempo após as tragédias na região Sul do país devido às chuvas descontroladas.
O governo o decreto na segunda-feira (24), válido por seis meses, autorizando órgãos estaduais a responder ao desastre e atuar na reconstrução.
O Mato Grosso do Sul enfrenta uma estiagem prolongada desde o início do ano, afetando boa parte do território do estado. Segundo o Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), a seca piorou no final de maio, aumentando consequentemente os focos de calor.
No Pantanal, maior área úmida contínua do planeta, cuja maior parte fica no Brasil, os incêndios preocupam as autoridades. Além disso, é possível que os incêndios cheguem no Paraguai e na Bolívia, com a bacia do Rio Paraguai apresentando níveis de seca.
Pantanal é o local mais afetado por incêndios no Brasil
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Pantanal mais de nove mil focos de fogo nos últimos 12 meses.
Nas duas primeiras semanas de junho, o número de incêndios foi 700% superior ao mesmo período em 2020. Aliás, 2020 é considerado o pior ano de incêndios no Pantanal.
Não é apenas aumento do número de queimadas que chama atenção, mas também a antecipação do problema. Nos anos anteriores, os incêndios na região se intensificavam a partir de agosto.
Segundo a ministra do Meio Ambiente e das Mudanças do Clima, Marina Silva, os incêndios atuais no Pantanal aumentaram pelas mudanças climáticas e por ações criminosas.
No Brasil, o Pantanal ocupa é o bioma mais afetado por incêndios nos últimos 39 anos, com 9 milhões de hectares queimados. Esse número representa 59,2% do território entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
A cidade mais afetada é Corumbá, que registrou mais incêndios em todo o Brasil entre 1985 e 2023.