Os smartwatches são capazes de medir a qualidade do sono e os batimentos cardíacos do usuário, contar seus passos e até mesmo analisar quantas calorias foram perdidas durante uma rodada de atividade física. Apesar de não terem sido criados com esse intuito, esses relógios podem ser bons aliados na hora de reportar informações de saúde em consultas médicas, por exemplo.
Pensando no sucesso dos sensores vestíveis, pesquisadores da Universidade do Texas em Dallas, nos EUA, em parceria com a empresa EnLiSense, desenvolveram um . O estudo completo foi publicado na revista .
O novo sensor ainda não é capaz de mostrar as horas, mas pode detectar dois biomarcadores importantes no suor: a proteína 10 induzida por interferon (IP-10) e o ligante indutor de apoptose relacionado ao fator de necrose tumoral (TRAIL).
Apesar dos nomes difíceis, a premissa é bem simples. Basicamente, esses biomarcadores têm seus níveis elevados no organismo quando o corpo enfrenta a chamada tempestade de citocinas – uma reação imune que ocorre em resposta a uma infecção grave.
Até então, não era certeza de que essas moléculas estavam no suor, mas o trabalho ajudou a provar essa questão. Além disso, os cientistas mostraram que não são necessárias grandes quantidades de suor para que o sensor detecte os biomarcadores. As simples atividades rotineiras já preenchem a fita do dispositivo, que deve ser trocada diariamente.
Por enquanto, o sensor vestível foi testado apenas em pessoas saudáveis, sem apontar infecções. Porém, os cientistas acreditam que ele pode ser útil para antecipar diagnósticos de Covid-19 ou Influenza, por exemplo. Testes clínicos com pessoas com infecções respiratórias devem ser conduzidos em breve pela equipe.