Covid: exército americano desenvolve vacina contra todas as variantes

O imunizante é como uma bola de futebol com 24 faces, onde podem ser anexadas proteínas de diferentes cepas do coronavírus. Entenda
Vacina exército
Imagem: Towfiqu Barbhuiya/Unsplash/Reprodução

Cientistas do Instituto de Pesquisa do Exército Walter Reed, nos EUA, estão desenvolvendo uma vacina que promete atuar contra todas as variantes do coronavírus.

Ensaios clínicos em humanos de Fase 1 foram finalizados em dezembro de 2021 e já apresentaram que estão agora sendo revisados para serem publicados.

A vacina de nanopartículas de ferritina Covid-19, também conhecida como SpFN (sigla em inglês), utiliza uma porção inofensiva do Sars-CoV-2 para estimular o combate do sistema imunológico contra o vírus.

Esse imunizante é como uma bola de futebol com 24 faces: em cada uma delas, os cientistas podem anexar proteínas de diferentes cepas do coronavírus, sendo assim uma vacina personalizável e universal. 

Essa não é sua única vantagem. A SpFN pode ser armazenada em temperatura ambiente por até um mês, com a validade aumentando para seis meses quando guardadas entre 2 e 7 ºC.

Em comparação, a vacina da Pfizer deve ser armazenada em ultrafreezers com temperaturas entre 80 e 60 ºC negativos para durar seis meses.

A vacina do exército americano foi testada com um regime de três doses. As duas primeiras foram dadas com um intervalo de 28 dias, enquanto a terceira aplicação ocorreu seis meses depois.

Não é possível dizer quando o imunizante chegará ao mercado, já que ainda devem ser conduzidos testes de Fase 2 e 3 para comprovar sua segurança e eficácia. 

O desenvolvimento de uma vacina pan-coronavírus, como está sendo chamada, é visto como primordial frente à pandemia.

A rápida disseminação do vírus e sua capacidade de mutação ameaçam esforços feitos até agora, como está sendo visto com a variante ômicron, que parece escapar às vacinas.

Apesar de causar quadros leves, sua disseminação apresenta riscos aos serviços de saúde e abre precedentes para o surgimento de novas variantes.

De acordo com pesquisadores do exército, a vacina SpFN é capaz de combater a variante Ômicron.

Além dela, o imunizante poderá proteger a população contra quaisquer outras variantes que surgirem e também contra outros coronavírus. 

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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