Coronavírus pode sobreviver por até 28 dias na tela do celular e dinheiro em papel

Uma nova pesquisa da agência científica CSIRO da Austrália descobriu que, em condições de laboratório, o COVID-19 é muito mais resistente do que se acreditava anteriormente, podendo permanecer ativo por quase um mês inteiro em diferentes superfícies – inclusive a tela do seu celular. Os cientistas afirmam que, quando as amostras foram testadas no escuro […]
Tela de celular sendo limpada. Imagem:mChris McGrath (Getty Images)
Imagem: Chris McGrath (Getty Images)
Uma da agência científica CSIRO da Austrália descobriu que, em condições de laboratório, o COVID-19 é muito mais resistente do que se acreditava anteriormente, podendo permanecer ativo por quase um mês inteiro em diferentes superfícies – inclusive a tela do seu celular.

Os cientistas afirmam que, quando as amostras foram testadas no escuro a 20 graus Celsius em superfícies não porosas (vidro, cédula de polímero, aço inoxidável, vinil e dinheiro de papel), o vírus ainda estava vivo por 28 dias. Isso é 11 dias a mais do que o vírus da gripe sobrevive nas mesmas condições. “Essas descobertas demonstram que o SARS-CoV-2 pode permanecer infeccioso por períodos de tempo significativamente mais longos do que geralmente considerado possível”, disseram os pesquisadores.

Apesar do alto risco, é muito provável que o seu dia a dia crie naturalmente situações para eliminar condições ideais para um coronavírus prosperar. Acredita-se que a tenha a capacidade de matar o vírus, e seu tempo de vida foi reduzido quando os pesquisadores australianos aumentaram a temperatura em seus testes. A 30°C, amostras de aço inoxidável, cédulas de polímero e vidro mostraram que o vírus infeccioso vivo era recuperável por um período bem menor, de até sete dias. Já materiais não porosos, como tecido de algodão, continham traços do vírus por até 14 dias, com temperaturas de 20°C. Todos esses dados são muito vagos para descobrir seus riscos pessoais de transmissão de vírus de superfícies, mas constataram que a vida útil do vírus era mais próxima de três dias em vidro e seis dias em aço inoxidável. Em outras palavras: a atenção precisa ser mais do que redobrada em qualquer superfície que nos aproximamos e, principalmente, onde colocamos nossas mãos. O professor Ron Eccles, ex-diretor do Common Cold Center da Universidade Cardiff, diz que não há motivo para pânico. Em entrevista à , Eccles afirmou que a nova pesquisa pode parecer alarmista e criticou o estudo por não usar muco humano fresco como veículo para o vírus em testes. Ele explicou que a carga de glóbulos brancos no muco pode ser muito hostil aos vírus do que os objetos e superfícies citados acima.

Desde o início da pandemia, muito pouco mudou em relação aos protocolos recomendados para proteger você e outras pessoas da propagação do vírus: use uma máscara, mantenha uma distância considerável entre você e os demais, lave as mãos com frequência e evite espaços fechados. E essas medidas continuam as mesmas após esta pesquisa australiana.

Você provavelmente não precisa agir como se as pontas dos seus dedos estivessem radioativas depois de pegar uma caixa de cereal no supermercado. Claro, lavar as mãos é importante, mas há muitos fatores ambientais trabalhando a seu favor nesse cenário. Os dispositivos em nossos bolsos geralmente obtêm uma amostra de tudo em que tocamos inadvertidamente quando estamos fora de casa, e o ideal é passar um pano adequado por cima da tela e da parte traseira antes e depois de lavarmos as mãos.

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