Com surto de coronavírus, fábricas brasileiras podem paralisar produção por falta de peças da China
A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) divulgou nessa sexta-feira (21) um segundo levantamento sobre as consequências do surto de COVID-19, a doença provocada por um novo coronavírus, no setor de eletroeletrônicos no país. Se na pesquisa de duas semanas atrás o número de empresas apresentando problemas em receber materiais da China era de 52%, a pesquisa mais recente revelou que agora 57% já se encontram na mesma situação.
De acordo com comunicado da Abinee, as principais afetadas são as fabricantes de produtos de Tecnologia da Informação, que inclui celulares e computadores. Motorola e Samsung, por exemplo, já diminuíram sua produção. Ainda no comunicado, o presidente executivo da associação, Humberto Barbato, afirma que há chances de haver diversas paralisações daqui pra frente e que o problema só não é mais grave devido à produção local de produtos.
Até mesmo a Apple já havia divulgado um comunicado informando os investidores sobre os impactos do surto de coronavírus nos resultados da empresa para esse período. Com a lenta recuperação do ritmo das fábricas na China, a Abinee estima que as empresas devem demorar dois meses para normalizar sua produção quando os embarques de materiais do país asiático forem retomados.