Nesta semana, um foguete da SpaceX vai lançar ao espaço a sonda Danuri –a primeira missão robótica de exploração lunar desenvolvida pela Coreia do Sul.
O objetivo da missão é captar imagens e fazer medições topológicas da Lua, identificando potenciais locais de pouso para futuras missões robóticas e tripuladas. O projeto é fruto de um acordo de cooperação que os sul-coreanos têm com os Estados Unidos, e faz parte do programa Artemis.
A NASA, inclusive, apoiou o desenvolvimento da Danuri ao fornecer uma , que auxiliará na busca por depósitos de gelo em regiões sombreadas na Lua. A câmera também produzirá imagens de alta resolução e medir o terreno no interior de crateras, incluindo a distribuição de rochas e pedregulhos.
Inicialmente chamada de Korea Pathfinder Lunar Orbiter (KPLO), a missão foi rebatizada em maio para “Danuri” uma mistura de duas palavras coreanas que significam “Lua” e “aproveite”.
Missão Danuri
Segundo o site Space, além da câmera da NASA, a sonda de 678 kg carrega outros cinco instrumentos – incluindo sensores, câmeras, magnetômetros e espectrômetros –, desenvolvidos por universidades coreanas e organizações de pesquisa. Além do gelo de água, os sul-coreanos pretendem estudar outros recursos lunares, .
“Queremos desenvolver tecnologia crítica para exploração espacial, bem como para investigação científica”, disse Eunhyeuk Kim, cientista de projeto da Danuri, à revista Science.
A Coreia do Sul investiu na sonda robótica. Ela vai viajar ao espaço no topo de um foguete Falcon 9, chegando à Lua em meados de dezembro. A sonda ficará em uma órbita 100 quilômetros acima da superfície lunar, por pelo menos um ano.
Programado originalmente para a próxima terça-feira (2), a decolagem do Danuri foi adiada para 4 de agosto, às 20h08 (horário de Brasília). Segundo o site Korea Times, a SpaceX justificou o atraso dizendo que identificou durante a inspeção de pré-voo que o foguete necessitava de um .
A decolagem pode ser acompanhada diretamente no canal da SpaceX no YouTube ().
Corrida pela Lua
Com este lançamento sul-coreano, sobe para seis o número de nações que pretendem enviar missões para a Lua nos próximos meses. São elas: Estados Unidos, Índia, Rússia, Japão, Emirados Árabes Unidos, além da Coreia do Sul.
A lista é encabeçada com o Artemis 1, da NASA, um voo de demonstração do foguete SLS e da cápsula Órion, no final do mês de agosto, que deverá orbitar a Lua e retornar à Terra.
Ainda em agosto, a Índia pretende lançar a missão Chandrayaan-3, a segunda tentativa do país para enviar um rover para a superfície da Lua. Em outubro, é a vez Luna-25, a primeira viagem da Rússia à Lua, desde 1976.
Tem também a sonda Smart Lander for Investigating the Moon (SLIM) do Japão, que tentará um pouso preciso na Lua, com previsão de lançamento para até dezembro de 2022.
E finaliza com o rover Rashid, dos Emirados Árabes Unidos, que deverá chegar à superfície lunar com um módulo de pouso desenvolvido pela empresa privada iSpace. Se tiver sucesso, esta poderá ser a primeira missão comercial a pousar na Lua, como apontou a .