As câmeras já mostraram várias vezes nesta Copa do Mundo no Catar: o craque Lionel Messi mascando chicletes impiedosamente durante os jogos. O argentino e outros atletas (entre eles, o Cristiano Ronaldo) não fazem isso por acaso: pesquisas já mostraram que as gomas de mascar podem fazer bem para o ritmo cardíaco, concentração e até para evitar vômitos.
Messi é um exemplo de quem sempre vomitava em campo. Em 2018, ele contou à TV América que o motivo estava na sua alimentação. “Não sabia direito o que comia, mas me alimentei mal durante muitos anos”, .
Por uma dica do espanhol Luis Enrique (seu treinador por um período no Barcelona), Messi também começou a mascar chiclete, o que pode ter ajudado. Faz sentido: um nos hospitais da University College London, de 2013, mostrou que gomas de mascar ativam hormônios gastrointestinais, o que deve ajudar na prevenção de náuseas, vômitos e desconforto abdominal.
Além disso, a saliva é um santo remédio para manter a boca úmida, o que ajuda os atletas a manter seus níveis de sede sob controle quando estão em campo.
Mas as vantagens não são só fisiológicas. Dados apresentados no , em 2018, mostram que mascar chiclete aumenta o ritmo cardíaco durante a caminhada e melhora o gasto de energia.
A afirmação tem base em um estudo da Universidade de Waseda, no Japão, que mostra que mastigar durante o exercício afeta várias funções físicas e fisiológicas em homens e mulheres de todas as idades.
Outra , desta vez da Universidade Swinburne, na Austrália, aponta que mascar chiclete pode reduzir os níveis de cortisol – o hormônio do estresse. Assim, os atletas ganham mais tempo para tomar decisões no meio do jogo.
Isso também ajuda a manter os níveis de ansiedade sob controle durante grandes partidas – como a semifinal ou final da Copa.
Mastigação tem tudo a ver com o cérebro
Mascar chiclete também pode ajudar na cognição. Pelo menos é o que diz uma realizada por uma equipe da Universidade de Cork, na Irlanda.
É algo bem simples: quando mastigamos, os receptores da boca sentem o sabor e a pressão dos movimentos e enviam sinais elétricos ao cérebro. Essa atividade adicional coloca a mente em estado mais alerta – e, assim, foco e concentração são aprimorados.
Além disso, o aumento da atividade cerebral significa mais energia para os processos metabólicos mentais, o que faz com que o fluxo sanguíneo também aumente durante a mastigação. Com isso, o coração bate mais rápido e os músculos recebem mais sangue.
E também tem uma diferença entre chicletes mais duros e mais macios. Por requererem maior esforço, as gomas mais duras aumentam mais a atenção que os chicletes macios.
E, se puder escolher, prefira os com sabor: eles ativam mais receptores na boca e são melhores para o funcionamento cognitivo. Mas os dentistas recomendam: .