Os dragões costumam ser retratados em livros e produções audiovisuais como gigantes com seis membros: duas patas traseiras, duas dianteiras e duas asas. Para os paleontólogos, essa estrutura não faz nenhum sentido anatomicamente falando.
Os seres mitológicos, para se aproximar da realidade, deveriam ser mostrados com duas patas e duas asas – parecidos com os pterossauros. E é exatamente assim que George R. R. Martin, criador de Game of Thrones, descreve os dragões da saga.
O conhecimento do autor sobre a anatomia do animal parece ter convencido alguns pesquisadores a nomearem um pterossauro em sua homenagem. Estamos falando do Targaryendraco wiedenrothi – referência a Casa Targaryen da série – que teve seus fósseis encontrados pela primeira vez na Alemanha, em 1984.
Os ossos estavam dentro de um poço de argila, que parece ter dado às evidências uma coloração escura. Os dragões de Game of Thrones possuem ossos negros – outra coincidência que levou a .
Targaryendraco wiedenrothi
O pterossauro viveu há 130 milhões de anos, durante o período Cretáceo. Na época, a região da Alemanha era a costa de um mar quente e raso, repleto de peixes que serviam de alimento para o animal.
O fóssil é um dos mais completos já identificados, com asas, costelas, mandíbulas e dentes. A envergadura dos membros da espécie – distância de uma ponta a outra das asas – tinha entre 3 e 8 metros, enquanto o focinho do animal se destaca por ser incomumente estreito.
Existem hoje seis pterossauros que parecem ser parentes próximos do grupo Targaryendraconia. Os fósseis dos répteis voadores podem ser encontrados na Austrália, Inglaterra, Estados Unidos e Brasil.