Nas últimas semanas, as redes sociais começaram a receber uma série de imagens de tanques, blindados e veículos militares russos abatidos na Ucrânia. Quem pode explicar essas perdas bélicas são os mísseis antitanques Javelin e NLAW, lançados por ucranianos.
Por serem portáteis, esses mísseis são particularmente úteis em conflitos do tipo. Utilizando um lançador apoiado no ombro do soldado, a arma é capaz de perfurar a armadura de veículos blindados ou aeronaves em baixa altitude, como helicópteros, por exemplo. Segundo o France 24, mais de de vários países da OTAN já foram enviadas para a Ucrânia.
O modelo mais temido é o americano Javelin, por ter maior poder de fogo e ser mais indicado para uso em campo aberto. Ele é equipado com duas cargas explosivas e pode alcançar — em trajetória direta — alvos a 2,5 km de distância ou até 160 metros de altura.
O míssil tem capacidade para perfurar os tanques mais sofisticados do mundo, incluindo o russo T-90, que justamente tem um sistema de blindagem reativa contra projéteis explosivos. Como o míssil também pode voar uma trajetória descendente, ele pode atingir o topo dos veículos, onde a escotilha de entrada torna o blindado mais vulnerável.
O Javelin também possui um sistema autoguiado, que trava no alvo antes mesmo do disparo. Isso permite que o atirador se proteja antes que o míssil atinja o alvo. No vídeo abaixo, é possível ver o míssil destruindo um tanque russo.
Já os sueco-britânicos NLAW são excelentes em curtas distâncias – entre 20 e 600 metros –, sendo mais indicados para combates em áreas urbanas. Ele também dispara um míssil teleguiado que, normalmente, acerta a parte superior, e menos protegida, do blindado.
Ironicamente, essa tática de utilizar modelos portáteis de mísseis contra blindados e tanques já foi utilizada pela então União Soviética, durante a Guerra Fria. Conforme apontou a Folha de S. Paulo, o 9M14 Maliutka (pequenino, em russo), foi visto sendo utilizado pelos soviéticos no início dos anos de 1970, .
De acordo com a Forbes, a Rússia já perdeu mais de desde o início da invasão da Ucrânia. Muitas dessas perdas foram infligidas por mísseis disparados por soldados ucranianos de infantaria ou mesmo drones.