Ciência

Conheça a estrela anã branca, maior destruidora do nosso Sistema Solar

Um novo estudo revela detalhes sobre as anãs brancas, que são os núcleos colapsados de estrelas que foram semelhantes ao Sol
Imagem: NASA Goddard Space Flight Center/PA

Pesquisadores da Universidade de Warwick (Inglaterra) publicaram um novo estudo sobre o papel potencialmente destrutivo que uma anã branca pode desempenhar ao Sistema Solar.

As anãs brancas são os núcleos colapsados de estrelas que foram semelhantes ao Sol durante a sua fase ativa. Após esgotarem seu combustível nuclear, elas expulsam suas camadas externas. E o que resta é uma esfera densa e quente de carbono e oxigênio.

Com o tempo, essas estrelas esfriam e desaparecem lentamente na escuridão do espaço. Os cientistas investigaram as mudanças no brilho de três estrelas durante 17 anos. Sendo elas:

A primeira anã branca estudada – conhecida como ZTF J0328-1219 – parecia estável ao longo dos últimos anos. Mas os autores encontraram evidências de um grande evento catastrófico por volta de 2010.

Por outro lado, outra estrela – conhecida como ZTF J0923+4236 – escurece irregularmente a cada dois meses e mostra variabilidade caótica em escalas de tempo de minutos durante esses estados mais fracos, antes de voltar a brilhar.

A terceira anã branca analisada – WD 1145+017 – foi analisada pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) anteriormente em 2015 e descobriram que ela se comportou próximo das previsões teóricas.

Com grandes variações em números, formas e profundidades de trânsitos. Surpreendentemente, neste último estudo, os trânsitos desapareceram totalmente. A pesquisa foi publicada na revista (MNRAS).

O que a pesquisa descobriu sobre a anã branca

A pesquisa sugere que, à medida que o Sol se transformar em uma anã branca, ele também poderá consumir os planetas internos do nosso sistema solar, como Mercúrio e Vênus, e até a Terra. No entanto, planetas mais distantes, como Júpiter, podem sobreviver a essa fase catastrófica.

“Para o resto do sistema solar, alguns dos asteroides localizados entre Marte e Júpiter, e talvez algumas das luas de Júpiter, podem ser desalojados e viajar perto o suficiente da eventual anã branca para sofrerem o processo de destruição que investigamos”, disse Boris Gaensicke, do departamento de física da Universidade de Warwick, ao The Guardian.

Apesar das descobertas, o professor afirma que não é possível prever com precisão o que acontecerá posteriormente com a Terra e com o Sistema Solar quando o Sol se tornar uma anã branca.

Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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