Condução à distância: Peugeot aposta na tecnologia teledriving
A montadora francesa Peugeot firmou uma nova parceria com a alemã Vay para a realização de testes com o teledriving. A tecnologia é uma das alternativas à direção autônoma, usada, principalmente, em carros elétricos.
Ao invés de investir no “piloto automático“, a montadora está buscando implementar a direção remota em alguns modelos de vans utilizados majoritariamente para serviços de entrega. Este sistema inovador consiste em uma infraestrutura tecnológica avançada que possibilita que motoristas devidamente treinados e habilitados possam controlar automóveis à distância.
Isso porque, embora os veículos elétricos não emitam gases poluentes, eles são considerados mais “perigosos” para pedestres que carros com motor à combustão. É o que afirma um conduzido por pesquisadores do Reino Unido. A pesquisa concluiu que um dos principais fatores da alta incidência de acidentes envolvendo os eletrificados é o motor silencioso. Muitas vezes, os pedestres não percebem esses carros.
Além disso, em algumas regiões, as regulamentações locais estão passando a exigir que os motores de veículos elétricos e híbridos emitam algum tipo de ruído. A ideia é, justamente, para evitar mais acidentes envolvendo os veículos. No entanto, a falta de som do motor não é a única preocupação dos especialistas.
Os problemas da direção autônoma
Há também a badalada direção autônoma que, mesmo sendo uma das tecnologias que montadoras como Tesla ou Mercedes-Benz vem investindo cifras bilionárias nos últimos anos, ainda não chegou a um nível onde são consideradas 100% seguras. Falhas em sensores já causaram diversos acidentes e este cenário está encorajando as montadoras a pisar no freio em relação à implementação da tecnologia.
A tecnologia da Vay é uma das alternativas cotadas para prestar serviços diversos, como as já citadas entregas. Aliás, a startup é uma referência na tecnologia de teledriving no mundo e possui parcerias com diversas montadoras. Elas usam o sistema em carros que circulam em alguns países da Europa.
Assim, uma vez que condutores são capazes de controlar carros remotamente, a chance de acidentes envolvendo outros veículos e pedestres diminui consideravelmente.
Os operadores humanos controlam os veículos após passar por um rígido treinamento. Ou seja, eles precisam ser considerados aptos para utilizar a tecnologia. De acordo com testes anteriores, o teledriving se provou eficiente, principalmente, em viagens de curta distância — ou nas chamadas “entregas de última milha”.