Compositor da música-tema de James Bond, Monty Norman morre aos 94 anos

Músico, que fez carreira compondo trilhas para cinema, criou o tema de James Bond a partir de uma composição feita para um musical que nunca foi ao ar
Imagem: Divulgação/www.montynorman.com
O compositor da icônica música-tema de James Bond, o britânico Monty Norman, morreu aos 94 anos, nesta segunda-feira (11). O comunicado emitido pela família não especifica uma causa para a morte, dizendo apenas que ele morreu após um breve mal-estar.

O tema de James Bond no cinema é daquelas músicas que, de tão emblemáticas, realmente a ajudam a criar a mística do personagem. É algo parecido com o que acontece com trilhas como a da Pantera cor-de-rosa ou de Indiana Jones, por exemplo. Chega a quase ser impossível pensar nesses personagens sem um pano de fundo musical vir à mente na mesma hora.

Caso você não tenha a canção em mente, pode refrescar sua memória no vídeo abaixo, que traz a versão completa dela.

Filho de imigrantes lituanos, Norman viveu em Londres e ganhou sua primeira guitarra aos 16 anos. De início, o músico compunha trilhas para musicais. Foi a partir de um desses musicais, inclusive, que surgiu o que seria a base para a trilha do agente 007 nos cinemas.

Norman chamado para compor o tema de Bond em 1962, para o filme “007 contra o Satânico Dr. No”. Ele se inspirou em uma composição própria para um musical da década de 1950, que nunca havia sido usada. Você pode ouvir a música “Good sign, bad sign” . É um exercício curioso tentar identificar traços da famosa melodia na base dessa primeira versão. Como bastou que Norman recriasse o riff da música, feito originalmente em uma cítara, para uma guitarra para entender que havia capturado a essência do 007. A nova criação foi usada em todos os 25 filmes do personagem.

Dono de uma longa lista de criações, Norman escreveu músicas para diversos filmes. Entre eles, estão clássicos como “O monstro de duas caras” (1960), “O dia em que a Terra se incendiou” (1961) e “Call Me Bwana” (1963).

Em 2001, ele chegou a processar o jornal The Sunday Times por causa de um artigo que afirmava que ele não havia composto a famosa linha de guitarra. O músico recebeu, inclusive, uma indenização por difamação.

     

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