Como seria cair em um buraco negro? NASA divulga vídeo com simulação
A NASA divulgou uma animação que responde uma dúvida muito comum entre os entusiastas de astronomia: como seria cair em um buraco negro? A visualização, que foi criada usando um supercomputador da agência espacial, leva os espectadores a uma viagem para dentro de um buraco negro.
O vídeo explora como seria cair na “superfície” de um buraco negro, área chamada de “horizonte de eventos”. Essa região define o limite em que a velocidade necessária para escapá-lo excede a velocidade da luz, que é o limite de velocidade no cosmos.Em outro cenário, os espectadores são levados em uma rota que contorna o buraco negro. Veja:
Desvendando os mistérios
Jeremy Schnittman, astrofísico do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA, foi o responsável por criar essas visualizações. Ele explica, , que as simulações ajudam a responder a perguntas frequentes sobre a natureza dos buracos negros e o que aconteceria se alguém se aproximasse demais.A massa do fenômeno apresentado na simulação é aproximadamente 4,3 vezes maior que a do Sol. O que o classifica como um buraco negro supermassivo.
Além disso, o astrofísico ainda revela um detalhe curioso. Se alguém tivesse a opção de escolher em qual buraco negro cair, os supermassivos seriam a melhor opção. De acordo com ele, isso se deve ao fato de que buracos negros de massa estelar, com até 30 massas solares, têm horizontes de eventos menores e forças de maré mais intensas, capazes de desintegrar objetos antes mesmo de atingirem o horizonte.Afinal de contas, o que são buracos negros?
Um buraco negro é uma região do espaço com um campo gravitacional tão intenso que nem mesmo a luz consegue escapar de dentro dele. De acordo com astrônomos, a intensa gravidade comprime a matéria até que não haja mais espaço entre os átomos.
Assim, corpos celestes dessa natureza podem surgir em decorrência da morte de estrelas supermassivas. Dessa forma, eles apresentam dimensões bastante variadas: os menores deles podem apresentar até mesmo o tamanho de um único átomo. Os maiores, por sua vez, podem ter raios de poucos quilômetros e milhões de vezes a massa do Sol. Além disso, importante lembrar que eles não “sugam” tudo que está a sua volta. No entanto, o seu campo gravitacional pode prender estrelas e planetas longínquos em órbitas espirais.