Assim como cigarro convencional, parar de fumar “vape” pode ser uma missão quase impossível. Essa dificuldade acontece devido aos níveis de nicotina nos cigarros eletrônicos. Acompanhe abaixo.
Jovens entre 15 e 24 anos
Uma pesquisa do Ministério da Saúde revelou que, apesar da proibição do “vape”, o cigarro eletrônico já foi experimentado por cerca de um milhão de brasileiros. Dentre esses, 70% são jovens com idade entre 15 e 24 anos.
Nos últimos seis anos, o consumo de “vape” aumentou 600% nas Américas. Por isso, também cresceu o número de pesquisas alertando sobre o risco de fumar “vape”.
Além de extremamente viciante, a nicotina nos “vapes” podem aumentar a glicose e a pressão arterial, bem como outros riscos para a saúde.
Apesar da popularidade do “vape”, há poucas diretrizes de saúde pública para ajudar pessoas que querem parar de fumar o cigarro eletrônico. De acordo com o , as recomendações existentes são de iniciativas para reduzir o consumo do tabaco, mas não de pesquisas específicas sobre o consumo de “vapes”.
Suchitra Krishnan-Sarin, psiquiatra e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Yale, afirma que o sistema de saúde dos EUA não acompanhou a evolução dos “vapes”.
Além disso, médicos afirmam que uma simples cápsula de “vape” contém o mesmo nível de nicotina que um maço de cigarros.
Como parar de fumar “vape”
Especialistas listaram algumas estratégias visando aliviar os sintomas de abstinência e parar de fumar “vape”.
Planejamento
É necessário um planejamento para entender os gatilhos que te levam a fumar “vape” e quais cenários e pessoas deve-se evitar para não cair em tentação.
Segundo especialistas, é melhor parar de fumar “vape” de maneira gradual, reduzindo aos poucos o consumo, em vez de abandonar o vício de vez. Isso pode ajudar a definir uma data para largar o “vape” e apresentar uma mudança de hábitos.
Se prepare para os sintomas de abstinência
De acordo com Krishnan-Sarin, os sintomas de abstinência aparecem nos primeiros dias após abandonar a nicotina, incluindo ansiedade, náusea e tremores.
Esses sintomas costumam ser mais intensos nos três primeiros dias e vão reduzindo com o passar do tempo. A dica é criar estratégias para com os sintomas de abstinência na hora que eles aparecerem.
Manter por perto água, chicletes de nicotinas e guloseimas podem ajudar a amenizar a fixação oral que as pessoas sentem quando surge a vontade de fumar “vape”.
Busque ajuda profissional
De acordo com especialistas, tratamentos médicos apresentam maiores resultados em pacientes que buscam para de fumar “vape”. Além disso, remédios para combater o tabagismo servem para reduzir o prazer que as pessoas sentem com a nicotina e ajudam a reduzir o fumo.
Tratamentos comuns de tabagismo podem ajudar a parar de fumar “vape”, como chicletes de nicotina e adesivos.
Por fim, especialistas afirmam que são necessárias várias tentativas até que a pessoa consiga parar de fumar “vape” permanentemente. Bonnie Halpern-Felsher, psicóloga da Universidade de Stanford, afirma que as tentativas são “parte do processo” para largar o vício.