Como o celular é capaz de prever seu risco de morte
Equipamentos vestíveis como os smartwhatches são capazes de medir os níveis diários de atividade física de uma pessoa. Esses relógios já foram até mesmo utilizados em estudos para demonstrar indicativos de saúde e prever o risco de mortalidade no passado.
Porém, não são todas as pessoas que os utilizam – provavelmente devido aos preços altos ou mesmo falta de interesse no aparelho. O celular, por outro lado, está no bolso da maioria dos indivíduos. Segundo um , há no Brasil cerca de 242 milhões de smartphones para 214 milhões de habitantes – mais telefone do que gente.
Pensando nisso, pesquisadores da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, nos EUA, mostraram como os sensores de movimento dos celulares podem ser suficientes para prever o risco de morte. O estudo completo foi publicado na revista .
Os cientistas analisaram dados de 100.655 voluntários retirados do biobanco britânico UK Biobank. Todos haviam utilizado sensores de movimento no pulso durante uma semana. A tecnologia aplicada também poderiam estar presentes em smartphones.
Segundo o estudo, 2% dos participantes morreram dentro dos cinco anos após essa semana de testes. Com base nessas informações, a equipe treinou uma inteligência artificial para relacionar a movimentação detectada pelos sensores ao risco de morte.
Então, chegaram a uma máquina capaz de fazer a previsão com base em apenas seis minutos de caminhada. A precisão do novo modelo é de 0,72, sendo comparável a outras métricas de estimativa de expectativa de vida, como atividade física diária ou questionários de risco à saúde.
Por gerar resultados semelhantes a outras fórmulas e estar amplamente disponível para a população, o celular se torna uma ferramenta essencial para o monitoramento da saúde. Eles são suficientes para medir a aceleração e desaceleração de pessoas em um curto período de tempo, podendo indicar a profissionais da saúde como os indivíduos estão se cansando nas caminhadas, por exemplo.