Ao navegar na internet, compartilhamos informações privadas de diversas maneiras sem perceber. Alguns sites, por exemplo, coletam cookies para entender o comportamento dos usuários e, assim, oferecer experiências personalizadas. Na teoria, o modo anônimo dos navegadores deveria impedir o rastreamento de dados, mas há limites.
Para não deixar rastros na web, é necessário tomar medidas adicionais, como usar VPN e evitar conexões em redes de Wi-Fi públicas. Nas linhas a seguir, o Giz Brasil mostra como navegar na internet de forma privada.
Os dados expostos na internet
Antes de tudo, é importante entender quais dados ficam disponíveis ao acessar a internet. São eles:
Endereço de IP: uma série numérica, geralmente definida pelo provedor de internet, que identifica um dispositivo na web ou em uma rede local;
Atividade em redes sociais: as interações em redes sociais alimentam algoritmos que ficam associados ao perfil dos usuários;
Cookies: ao visitar um site, as atividades geram arquivos de texto com as preferências dos usuários. Apesar de serem úteis para economizar tempo, empresas utilizam os cookies para fins publicitários;
Impressão digital online: durante a navegação, o computador envia diversas informações para os servidores da internet, incluindo qual navegador, sistema operacional e provedor da rede. Apesar de não ser única, a impressão digital pode ser usada para rastrear um usuário, caso outras opções estejam ocultas.
As medidas para navegar de forma privada, como usar o modo anônimo ou uma VPN, escondem somente alguns dados de cada vez. Por isso, é importante utilizar um conjunto de soluções em vez de depender de apenas uma.
Navegação privada na internet
A navegação privada abre uma nova aba sem conexão com o perfil do usuário. Assim, os sites não conseguem recolher cookies, e a atividade não fica salva no histórico do navegador.
Porém, mesmo abrindo um site anonimamente, ainda é possível ter o endereço de IP de rastreado. Essa informação pode ser utilizada, por exemplo, para encontrar a localização do computador no mundo.
Rede Privada Virtual (VPN)
Para esconder o endereço de IP, vale utilizar uma rede virtual privada (da sigla em inglês VPN), como a NordVPN. Por meio dela, é possível redirecionar os pedidos dos sites para outro local. Além disso, os serviços podem criptografar a conexão, adicionando uma camada de proteção a mais.
A VPN, contudo, não elimina os cookies. Em outras palavras, você pode “enganar” um site oferecendo outra localização geográfica, mas ele ainda consegue acessar e gravar as atividades da navegação.
O recurso de criptografia da VPN, aliás, protege os dados dos usuários conectados a redes de Wi-Fi públicas. Por isso, caso utilize o computador fora de casa com frequência, vale a pena investir em uma proteção de qualidade.
Então, como navegar na internet de forma privada?
Para garantir a privacidade total na internet, a melhor solução é combinar as vantagens da navegação privada com o uso de VPN. Dessa forma, os sites não vão conseguir recolher cookies, nem rastrear o endereço de IP.
Ser anônimo na internet não é fácil. Uma simples pesquisa no Google, por exemplo, pode tornar os dados visíveis, já que o buscador registra as atividades.
Sendo assim, só é possível garantir uma navegação realmente anônima ao unir vários elementos de privacidade, desde funções básicas dos navegadores, até softwares de terceiros.
Jornalista especializado em tecnologia, jogos, entretenimento e ciência. Já passou por grandes redações do Brasil (TechTudo, Tecnoblog, Terra e Olhar Digital) e trabalhou com relações públicas e assessoria de imprensa na Theogames, atendendo à Blizzard Entertainment e mais clientes do mercado de videogames. É apaixonado pela cultura geek, música e produção de conteúdo. Nas horas vagas, é aspirante a artista marcial e cozinheiro.
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