No último fim de semana, o mundo foi palco de um espetáculo celeste raramente visto: as auroras boreais e austrais. Este fenômeno, que tradicionalmente acontece nas regiões polares, expandiu-se pelo mundo devido a uma tempestade solar de magnitude sem precedentes nos últimos 20 anos.
A causa direta deste fenômeno foi uma tempestade solar extremamente forte, classificada como “severa” pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).
A tempestade, que começou na sexta-feira (10), resultou da liberação de uma ejeção de massa coronal (CME) do Sol. Assim, essas CMEs são grandes expulsões de plasma e campos magnéticos que, ao interagir com o campo magnético terrestre, produzem as auroras.
Na Europa, relatos de auroras boreais vieram de Budapeste, Londres e até do norte de Portugal. No Hemisfério Sul, a rara aurora foi observada na Argentina e no Chile.
Ciência por trás da aurora boreal
Aurora acontece porque partículas carregadas de luz e energia são empurradas para a Terra em uma erupção solar. Dessa forma, essas partículas interagem então com a atmosfera e, assim, gerando as luzes nas cores verde e vermelha que vemos no céu.
No hemisfério norte, as auroras são conhecidas como auroras boreais, nome dado por Galileu Galilei, em referência à deusa romana do amanhecer, Aurora, e Boreas, deus grego, representante dos ventos do norte.
Além disso, em latitudes do hemisfério sul, a aurora é conhecida como aurora austral, nome dado por James Cook. Esta é uma referência direta pelo fato de se apresentarem ao Sul do planeta.
Auroras devem continuar? Entenda a previsão
A NOAA emitiu alertas para possíveis perturbações em satélites e redes elétricas, dada a intensidade da tempestade. Por isso, operadores de satélite e companhias aéreas foram aconselhados a tomar medidas preventivas.
Além disso, de acordo com a NOAA, a é que a tempestade geomagnética continue nesta segunda-feira (13). Dessa forma, a expectativa é que a aurora seja visível mais ao norte do globo e em maiores altitudes.