Como descobrir se a salsicha é boa apenas pela embalagem?

Se você é fã de cachorro-quente, uma boa dica é avaliar a qualidade da salsicha e escolher opções mais balanceadas; saiba como proceder
Imagem: Fernando Valencia/Pixabay/Reprodução
. Mo é novidade que as salsichas industrializadas não são lá muito saudáveis. Mas, se você é fã de cachorro-quente ou outras receitas com o ingrediente, uma boa dica é avaliar a qualidade da salsicha e escolher opções mais balanceadas. E dá para fazer isso analisando as informações da embalagem. Acompanhe!

A salsicha faz parte do grupo de alimentos ultraprocessados, indicados como vilões da dieta no Guia Alimentar para a População Brasileira, por conta de sua composição nutricional desequilibrada.

“Os ingredientes principais dos alimentos ultraprocessados fazem com que, com frequência, eles sejam ricos em gorduras ou açúcares e, muitas vezes, simultaneamente ricos em gorduras e açúcares. É comum que apresentem alto teor de sódio, por conta da adição de grandes quantidades de sal, necessárias para estender a duração dos produtos e intensificar o sabor”, diz o do Ministério da Saúde.
O ideal é evitar alimentos ultraprocessados e embutidos, como salsicha, e trocar esses alimentos por alternativas naturais ou minimamente processadas. De acordo com um estudo lançado no ano passado, os alimentos ultraprocessados provocaram 57 mil mortes no Brasil país ao longo de 2019. O levantamento é do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP). Mas algumas salsichas contêm muito mais sal do que outras, por exemplo, e você pode prestar atenção a esses detalhes ao comprar no mercado, minimizando os riscos.

Como identificar se a salsicha é boa

Em uma reportagem do , especialistas explicam os principais pontos a serem considerados ao comprar salsichas no mercado. Um fator importante é o teor de sódio. Segundo Gretchen Zimmermann, diretora sênior de cuidados cardiometabólicos da Vida Health, o ideal é escolher pacotes de salsicha com menos de 400 mg (ou menos de 20% do valor diário) de sódio por porção. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o consumo de até 2.000 mg de sódio por dia, de modo a reduzir o risco de pressão alta e, consequentemente, de doenças cardiovasculares e renais. Outra boa dica é ficar de olho nos aditivos e conservantes usados naquele produto, que aparecem no verso do rótulo da embalagem, normalmente. Quando mais substâncias assim, pior a qualidade do alimento. “Embora cada aditivo utilizado nesses produtos tenha que passar por testes e ser aprovado por autoridades sanitárias, os efeitos de longo prazo sobre a saúde e o efeito cumulativo da exposição a vários aditivos nem sempre são bem conhecidos”, diz o Guia Alimentar brasileiro.

O mesmo vale para salsichas veganas ou vegetarianas. O ideal é escolher carnes à base de plantas ou com ingredientes minimamente processados, como tofu, em vez de concentrado ou isolado de proteína de soja altamente processado.

Todas carnes processadas têm risco

Quanto às carnes tradicionais, é preciso ficar de olho — todas as carnes processadas representam um risco à saúde. Elas foram associadas a certos tipos de câncer, como o câncer colorretal, devido à forma como são preservadas. Mas alguns tipos de carne que oferecem menos riscos, de acordo com Nicole Avena, nutricionista ouvida pelo HuffPost. “Procure um rótulo que indique carne bovina, de peru ou frango inteiros, em vez de carnes processadas mecanicamente e separadas. De modo geral, os cachorros-quentes de frango ou peru não curados seriam uma opção melhor. Eles geralmente têm menos gordura saturada e são menos processados do que a carne bovina”, destacou a profissional. A ausência de nitratos e nitritos também são sinais positivos a serem observados, assim como um quantidade mínima de ingredientes. Mas mesmo que o rótulo diga “não curado”, “sem adição de nitratos” ou “totalmente natural”, isso não significa que essas opções sejam necessariamente mais saudáveis. Os conservantes naturais, como o aipo em pó e o sal de aipo, podem parecer melhores. Mas não há evidências de que sejam mais seguros. Assim, é melhor minimizar sua ingestão.

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